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terça-feira, 22 de abril de 2014

Os pequenos e o interesse da industria neles

Paz a todos!

Hoje estou postando um texto escrito pela minha amiga Adna. Nele fica claro como o mercado tem como foco as crianças. Que estejamos atentos aos nossos pequeninos!







E dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão sobre eles.
Isaías 3:4
Acabo de voltar de uma palestra do Shopping para lojistas. Apesar de sempre ser convidada, pois todo mês eles trazem um novo palestrante, essa é a minha segunda palestra. 
A de hoje foi com o Marcelo Tas, do CQC. Ele falou sobre as redes sociais e seus efeitos colaterais. Começou sua palestra falando sobre as crianças. Terminou com elas. Interessante que a outra palestra, também com um palestrante renomado, enfatizou muito as crianças. Sendo que, da outra vez, o foco era as vendas, isto é, a criança como consumidor. 
Qual a leitura que faço de tudo isso?  Hoje, tudo gira em torno das crianças: o mercado, as redes, os programas televisivos (ah, sobre isso o Marcelo Tas disse que há várias crianças menores de 3 anos que o assistem – disse como se isso fosse uma benéfica revolução de paradigmas), as propagandas, tudo tem como foco a criança.
Outra fato que confirma isso que estou dizendo foi uma conversa que tive com uma diretora de uma renomada escola aqui de Recife. Ela me disse que a escola estava “educando” os adultos através das crianças. Disse-me que essa foi a melhor maneira de fazer os pais escutar que não se pode jogar lixo nas ruas, não se pode gastar água, etc e tal. Acrescentou que havia tentado outras formas, mas nenhuma havia se mostrado tão efetiva quanto àquela.
E então, cumpre-se o que falou o profeta Isaías: “dar-lhes-ei meninos por príncipes, e crianças governarão sobre eles”. 
Ao sair de cada palestra, meu coração chorava. Chorava por saber o quanto nossas crianças são queridas por seus algozes e o quanto nós, seus responsáveis, as desprezamos. Enquanto pais terceirizam a criação de seus filhos entregando-os às escolas, creches, babás ou televisão, os predadores avançam com tudo em cima deles. Praticamente tudo é planejado para atingir as crianças. Mas que tipo de criança? Justamente essas, abandonadas pelos pais. Imagina, uma criança sozinha e carente encontra lá fora um mercado que se projeta nelas. O resultado disso? O que vemos hoje: crianças que mandam em seus pais, que recebem das leis coberturas especiais para extravasarem sua natureza má, que parecem ter o rei na barriga, incapazes de enfrentar contrariedades, futuros adultos que não respeitarão patrão, pastor, marido, esposa, a sociedade em que vivem.
Cada dia fico preocupada com isso. Saio de cada palestra mais convicta de que ali não é o meu lugar. Saio convencida de que eu preciso chegar primeiro na vida das crianças que Deus me deu. E então eu volto para o meu lar. Quando chego em casa, encontro três lindas crianças com os olhos brilhando, esperando de mim amor, apoio, conforto, consolo, disciplina, liderança firme. Vejo que o papel mais importante a desempenhar em toda a minha vida é ser esposa e mãe. Então sinto que sou extremamente abençoada por poder ficar em casa cuidando delas. O mundo diz que sou tola. Algumas colegas olham pra mim com desprezo. Outras acham que sou intelectualmente inferior. Não importa. Falo como Karen Santorum, quando aperto o botão para avançar o filme da minha vida e, no final dela, me vejo diante de Deus, sei que terei de prestar contas desse amor.
Os algozes sabem que quanto mais cedo inculcarem suas ideias, mais adeptos ganharão no futuro e menos pessoas amarão a Deus. É isso que o mundo quer. O mundo investe pesado em nossas crianças porque sabem que não há adultos que moldem os seus gostos e escolhas. O mundo tem a liberdade para fazer deles o que bem quiser e os adultos apenas assistem passivamente a destruição da sociedade.
Na verdade, crianças não governam, crianças reinam. O inimigo delas sabe bem o mal intrínseco que há nos seus corações. Ele sutilmente ocupa os pais. Depois, faz eles se sentirem culpados por não ter tempo. Mas, aí ele diz: “você não tem tempo, mas tem dinheiro!”. E os pais caem na armadilha. Pela lógica infernal, agem como se amor fosse prazer. E então eles entregam os melhores anos de seus filhos aos cruéis. A mente que arquiteta tudo, o príncipe das trevas, ganha espaço naquele pequeno coração e este passa a ser seu escravo. Escravo dos seus gostos, do seu ego, do seu pecado. 
Uma sociedade que é governada por crianças, é governada por isso mesmo: pela cobiça, orgulho, mentira, intrigas, pois é isso o que vem naturalmente do coração do homem, especialmente das crianças sem disciplina.  
Termino com as palavras de John Adams aos pais que me leem: “Os alicerces da moralidade nacional devem ser lançados nas famílias particulares”. De nada valerá investir em boas escolas, comprar boas roupas e possuir belas casas, dar-lhes todo o conforto, se maus hábitos estão sendo incutidos nas crianças em seus primeiros anos. Nós, mães, somos as primeiras e mais importantes mestras na vida de nossos filhos. Chegue primeiro. Deus lhe pôs aí para isso mesmo.
Que o Senhor nos ajude a nadar contra a correnteza e o rio da cultura mundana.

Adna Souza Barbosa*

* Adna é mãe de três lindas crianças, Letícia, Laís e João Luíz Neto, casada com Luciano, dona de casa e nas horas que lhe é possível excelente fotografa e flautista.

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