Páginas

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Princípios para educar filhos de maneira Cristocêntrica- Parte 2


Que a paz de Cristo abunde em todo e qualquer coração!

No texto anterior, introduzi alguns princípios importantes na sedimentação da fé de nossos filhos. Caso não tenhas lido o texto anterior, eu sugiro que o leias aqui pois lá estão dois princípios importantes de uma educação intencionalmente bíblica. Nele, falamos do principio do salvamento único e suficiente e da santificação. 

Hoje, proponho-me a apresentar cinco outros princípios norteadores de uma educação centrada em valores e princípios cristãos. Como qualquer mãe que ama ao Senhor e como resultado ama seus filhos, com um amor que vai além de instinto ou até mesmo de uma projeção de si mesmo neles, sei que temos a preocupação de sempre tentar examinar nossa jornada de acordo com a palavra de Deus. Nos últimos tempos, tenho sido levada a crer que quando entendemos os princípios divinos podemos aplica-los a diferentes situações e viver de acordo com eles. Isso se aplica ao modo como fazemos tudo, inclusive ao modo como educamos nossos filhos. 




3.O Principio da palavra abundante

Eu sei que esse tópico está perfeitamente enquadrado naquilo que falamos sobre o principio da santificação.Todavia, creio que cabe falar de forma especifica sobre ele.  O Princípio da palavra abundante foi assim nomeado porque ele me lembra o texto de Deuteronomios 6.6-9 que diz:
Essas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. 
Deus dá claras instruções ao seu povo de que a palavra dita por ele deveria estar presente em diversos contextos da vida do povo de Deus. O Senhor lista uma serie de situações cotidianas nas quais se deveria instruir o coração dos filhos. 

Muitas vezes cremos que levar os nossos filhos à igreja já lhes fornece o alimento necessário para crescer na graça e no conhecimento. Ás vezes, achamos que fazer o culto domestico é suficiente. Todavia, embora essas duas frentes de acompanhamento, crescimento e edificação sejam primordiais, a Bíblia deve ser a bússola e portanto estar presente em toda situação que carece de direção e principios norteadores. Muitas vezes como pais usamos as mais diversas e amoldadas ao mundo formas de interagir com nossos filhos e esquecemos que o parametro e guia de vida é a palavra de Deus. Portanto, é necessario que tenhamos a palavra no coração para que ela saia naturalmente nos momentos que exigirem respostas.  A palavra de Deus foi desenvolvida e inspirada pelo Espirito Santo para conduzir, guiar, instruir, consolar e encorajar nossos filhos de uma forma transformadora que conduz a uma vida sabia e abundante. Seu filho teve um dia difícil? Há um texto bíblico para isso. Está sendo perseguido por alguém? Há claras instruções sobre como Deus espera que ele haja e se sinta sobre isso. Tem sido preguiçoso e inconstante? Há textos bíblicos que podem corrigir sua conduta.
 Eu fui criada por pais cujo leme era a Bíblia. Meu pai gostava de estar ali para cortar o mal pela raíz. Minha mãe era a fiel jardineira que todo dia estava lá regando a semente com a palavra. Era dela o trabalho diário em nos conduzir pela palavra e nos levar a ver na oração um abrigo.

O grande problema  é que somos parte de uma geração de pais  em que a grande maioria põe a Bíblia á parte da vida cotidiana. o excesso de informações, a busca por mensagens de auto-ajuda, a grande propulsão de especialistas e vozes faz com que muitos pais deixem a Bíblia na sala para ser usada em momentos específicos. Todavia, um lar verdadeiramente cristão é um lugar onde ela abunda e está no coração, na mente e nos lábios de quem nele habita. Não estou a dizer que não podemos ter acesso a outro tipo de informação mas que a centralidade da palavra em nossas vidas como pais deve marcar também o nosso modo de educar. 

Creio também que é parte dessa tarefa, propiciarmos que nossos filhos leiam a Biblia e sejam edificados por ela. A Bíblia não é apenas um livro de histórias para contar antes de dormir. Se como mãe, assim a tratas, não entendestes o seu significado. Ela é a palavra viva e eficaz e apta para iluminar nosso coração. Nossos filhos devem não só serem introduzidos a historias bíblicas mas a todo o conteúdo das escrituras que foi inspirado para nossa edificação. Sim! Crianças devem crescer alicerçadas na são doutrina e não achar que a Bíblia é uma coletânea de histórias com lições morais.

4. O principio da graça e misericórdia

Em suas parábolas, Jesus conta uma história com a qual me pego vez por outra. Um homem tem uma divida com um rei implacável e exigente. Ele  pede clemencia e recebe benevolencia do rei. Na cena seguinte, ele procura o seu conservo que tem com ele uma divida muito menor e não tem misericórdia dele e o manda encerrar na prisão. o rei da parabola ao saber disso castiga o servo que não foi compassivo e não tratou com a mesma misericordia que recebeu.

Como crentes, nós encontramos em Cristo perdão e misericórdia. Até a correção do Senhor é cheia de amor, misericórdia e compaixão (Hb12.6, Pv 3:12). Diante de Deus, nós e nossos filhos temos uma semelhança: somos filhos de Deus ( se eles receberam a Cristo como salvador pessoal). Deus espera de nós que tratemos os nossos filhos da mesma forma  como ele nos trata. Tratarmos os nossos filhos sem perdão e misericórdia, lançando seus erros em rosto, fazendo-os crer que merecem apenas ser tratados de forma implacável sem compaixão e misericórdia é lança-los nas mãos do inimigo. O apostolo Paulo escrevendo aos crentes de Roma faz claras menções de que devemos considerar a bondade, tolerância e paciência de Deus para connosco (Rm 2.4,5; Rm 11.22). Deus é severo com o pecado mas até a sua disciplina busca nosso aperfeiçoamento e correção como filhos que somos (Hb 12. 6-11).  O castigo de Deus é cheio de amor e mesmo a sua severidade é amor reto e justo. Portanto, como pais devemos pontuar o erro, se necessário corrigir, disciplinar mas sempre oferecer ao arrependimento a misericórdia. Outro tipo de situação que creio que exemplifica o exercício da misericórdia com que fomos alcançados é quando nossos filhos confessam ou demonstram não conseguirem vencer a luta contra o pecado. Eu não sei se percebes esse tipo de situação mas eu a percebo como mãe no meu cotidiano e ela é recorrente. É um filho que parece não vencer a impulsividade, é outro que não consegue controlar a raiva, são tantas situações assim. Muitas vezes vejo que lhes custa. obviamente, que muitas vezes um " eu não consigo" pode vir cheio de autodefesa e vontade de não assumir responsabilidade pelas próprias ações, mas há momentos em que ha até um pedido sincero de desculpas, lágrimas de frustração consigo mesmo e o "mamãe, eu não consigo! Essa é a hora de pensar no Cristo faz quando me falta algo e eu vou a Jesus e confesso que não consigo sozinha. Então, a graça dEle me faz lembrar que não estou só e eu sou encorajada a lutar na oração, ser tratada pela palavra e mais uma vez lutar para corrigir minhas veredas. O apostolo Tiago até diz no primeiro capítulo que se não temos sabedoria podemos pedi-la a Deus numa oração com fé e confiança e ele acrescenta. Como ele acrescenta? Essa é a parte que mais ensina. A Bíblia diz que ele ajuda dando sabedoria e não lança em rosto, não diz: você aqui de  novo arrependida a pedir sabedoria? Eu creio que quando nossos filhos se arrependem e não conseguem lidar com o seu pecado, então, é hora de estendermos a mão e mostrar a nosso filho que vamos lutar por isso!
Uma outra coisa que a Bíblia diz é que a graça que se manifestou aos homens, não apenas trazendo salvação, mas ela também nos educa para que reneguemos as impiedades e paixões mundanas e vivamos, no presente século  de forma sensata, justa e piedosa, enquanto aguardamos a bendita esperança e a manifestação da gloria de Jesus (Ttv2.11-13, NVI). Como é maravilhoso saber que Deus escolhe manifestar a sua graça quando escolhe uma ferramenta para nos educar após o novo nascimento. A graça de Deus não apenas nos salva. Deus ainda trabalha em nós para que mudemos de vida.  Por que não dizer nossos filhos que vamos orar juntos por essa causa, que vamos tentar ajudar. Se é uma crise de raiva sem controle, mas onde já há arrependimento, que tal propor ao filho além de orar e tratar na palavra seu erro que venha ter connosco e peça ajuda com suas emoções quando não as conseguir gerir? Obviamente, se nosso filho não percebe o problema e não vê que isso desagrada  ao Senhor, temos outro problema que precisa ser corrigido com o quebrantamento da dura cerviz; mas se Deus não resiste ao coração contrito arrependido, quem sou eu para resistir? E se quem confessa e deixa alcança misericórdia, como eu posso não ser misericordiosa com um coração que dá claros sinais de arrependimento? 

5. O principio da compreensão do limite do filho

Este é um principio que aprendi com várias mães mais experimentadas que eu. Precisamos evitar levar nossos filhos à exaustão. Este princípio se alarga a diferentes contextos. No que diz respeito á educação, em geral, a Bíblia diz que não devemos provocar a ira dos nossos filhos. Eu entendo que provocamos nossos filhos e contribuímos para que se irem quando não respeitamos que eles são seres em formação. Nossos filhos têm limites e nós também. Devemos saber avaliar as diferentes situações das vidas de nossos filhos e pedir ao Senhor que nos ajude a saber dar com eles um passo por vez, por nós e por eles. 


6. O princípio da comunicação abundante

Creio que é bastante importante estabelecermos uma boa comunicação com nossos filhos. Quando nosso filhos falam, eles expressam seu coração. O coração humano é desconhecido ao homem e enganoso a nós mesmos. Só o Espirito de Deus pode sondá-lo por inteiro. As janelas do coração são as palavras e o comportamento (Pv20.11, Mt 12:34). Assim como contemplamos uma casa fechada por suas janelas abertas, o coração de nossos filhos se dá a conhecer por suas ações e palavras. Elas são as únicas formas com que podemos aceder ao coração. Quando fechamos a porta da comunicação com nossos filhos perdemos um importante acesso ao coração deles para instruí-los de forma focal e correta. A comunicação efetiva requer o ouvir e o falar. Como pais muitas vezes apenas discursamos, fazemos monólogos mas não ouvimos e consequentemente não nos comunicamos. Tenho aprendido, ao longo dos 12 anos em que sou mãe (ainda não tão experiente) que ouvir e observar é um exercício primordial, talvez mais importante do que falar. O apostolo Tiago nos diz que todo homem seja tardio para falar e para irar-se e pronto para ouvir (Tg1:19). Será que na maternidade abre-se uma exceção? Creio que não. Muitas vezes vejo que um sermão exasperado e descontrolado faz menos efeito instrutivo que uma fala assertiva e focal que endereça o que as palavras revelam sobre o coração. Nossos filhos não se conhecem por inteiro (por mais que sejam auto-conscientes), nós não os conhecemos por inteiro, apenas Deus os conhece por inteiro. O comportamento e as palavras revelam o coração e a comunicação é uma das portas de acesso. 
Sobre este tópico,  gostaria de ressaltar a necessidade de orar por autoridade na comunicação. A Bíblia diz que era impossível resistir a Jesus pois Ele falava com autoridade. Não era autoridade advinda de técnicas de retórica. Era a autoridade que o Espírito concede quando comunicamos sua palavra. Nossa vida exemplar, mesmo sendo falhos, também é fonte de autoridade. Os escribas e fariseus não tinham autoridade por que colocavam um fardo pesado sobre o povo mas eles mesmos não cumpriam. Devemos pedir ao Espírito que opere em nós e quando pecamos por dar mau exemplo a nossos filhos, devemos pedir-lhes perdão.

7. O principio da Observância dos frutos
No tópico anterior falamos sobre como a comunicação abre janelas para vislumbrarmos o que há no coração de nossos filhos. Uma outra forma é observarmos os frutos em formação. Jesus amaldiçoou uma figueira por não ter frutos. Alguns comentaristas afirmam que aquela não era uma época de figos mas já devia haver pequenos frutos em formação. As ações de nossos filhos também demonstram o coração. Jesus disse que quem está ligado a ele dá bons frutos (Jo 15). O resultado de uma vida em que a salvação recebida está sendo desenvolvida é o fruto. Comportamentos manifestam modo de pensar e o estado do coração. Por isso, devemos deter tempo em observar as atitudes de nossos filhos e observar se os frutos estão em formação . O fruto do espírito, o fruto da justiça, fruto de retidão, frutos dignos de arrependimento e todos os bons frutos que a Bíblia nomeia.
 Concluindo, gostaria de dizer que sem a ajuda de Deus, não é possível criar filhos contra a avalanche de degradação moral e espiritual que cerca nosso tempo. Creio que tudo começa por santificarmos a Cristo em nossos corações e fazer dele o centro da nossa vida.




quinta-feira, 12 de março de 2020

Princípios norteadores para educar os filhos numa abordagem intencionalmente bíblica- Parte 1



   
É incontestável que estamos a lidar com um mundo que é cada dia mais hostil à fé cristã e ao modo de vida que esta impõe. Não tem sido fácil fazer face a esse fato e remar contra a maré num mundo que parece validar qualquer tipo de crença desde que ela não pertença ao Cristianismo. 

  No cenário prático, isso parece sequer ser notado. O dia-a-dia apertado que cada vez exige mais dos pais fora do lar tem ofuscado discussões desse tipo. O grande desafio de muitas mães com quem lido no meu dia-a-dia é guardarem energia e tempo para trabalharem com filhos cansados de um dia que é quase uma maratona. Na realidade,  ao chegar em casa,  eles só querem relaxar. Soma-se a isso o fato de que, muitas vezes, elas (as mães) acumulam tarefas domésticas e cansaço também. Essa realidade parece quase uma imposição e a sobrevivência material cada vez mais exigente , se não tivermos cuidado, torna os lares em dormitórios e os filhos vão crescendo sem relação de qualidade com os pais, rumo e direção. No entanto, fomos chamados a viver a diferença e a encarar a nossa época e responder a ela. Eu penso em Joquebede, mãe de Moises, que era parte de um povo escravizado não tinha uma vida de rainha, mas isso não impediu que seu filho desenvolvesse a identidade hebreia. Mesmo estando no palácio, o coração de Moisés era hebreu. Isso mostra que como mãe aquela mulher comum exercitou seu papel. 

  Por mais difícil que seja tua rotina e por mais desafiante que nos seja ser mãe, há uma missão entregue. Não sei se é teu caso mas eu oro por filhos que sintam parte do Israel de Deus mesmo que estejam no palácio. Filhos que tenham uma clara consciência de que pertencem a Deus não são fruto do acaso ou de uma natureza intrínseca boa, eles são fruto de um trabalhar constante do Espirito Santo e Deus usa os pais como instrumentos seus nesse processo que ocorre e gera uma identidade e coração transformados.

   Como dissemos anteriormente, vivemos num tempo difícil,  nomeado como pós-cristão e como a era da pós-verdade. Nele, os pilares da fé são cada vez mais relativizados. Todavia, é o mundo que se Cristo não voltar nossos filhos são chamados a enfrentar e confrontar, sem se amoldarem à sua forma de pensar e agir (Rm 12.2). Há alguns princípios que precisam nortear a educação dos pequeninos e aos quais precisamos estar atentas como mães. Listarei alguns que parecem importantes de serem estabelecidos e vividos na nossa maternidade. 

1. O Principio do salvamento único e suficiente:

   Abra sua Bíblia em João 3:16. Podes achar que esse versículo nada tem a ver com o tema, todavia, tudo começa aí! Há nele, alguns elementos que precisam ser ressaltados para qualquer criança.


  • Deus amou o mundo: Ele não amou pessoas boazinhas. Ele amou o mundo pecador. Ele amou as pessoas e providenciou uma solução para seu estado de condenação eterna e separação dEle.
  •  Deus Agiu: Ele deu seu Filho, Jesus Cristo, para fazer por nós que nós mesmos não podíamos.
  • Embora Deus tenha providenciado o resgate, faz-se necessário que a fé seja gerada no coração.
  • A morte de Cristo  nos ofereceu uma nova oportunidade e nos livrou das consequências irrevogáveis do pecado (perecer).
  • A morte de Cristo nos garante uma eternidade com Ele, propósito com o qual Ele nos criou (vivermos eternamente em. comunhão com Ele).


Talvez penses  que esse verso não se aplica ao teu filho, pois ele frequenta a igreja desde teu ventre. Se leres Romanos 3.23, entenderas que todos somos pecadores e precisamos de um salvador. Toda pessoa salva, passou por um processo em que seus olhos foram abertos para as verdades de Deus e o plano da salvação. Mesmo quem não tem um dia memorável em que respondeu ao apelo de alguém, foi aos poucos dando-se conta das consequências do pecado e do plano salvifico da cruz. Sem crer em Cristo e no seu sacrifício aplicado a nós individualmente não há salvação.

O teu filho precisa ser apresentado ao amor infinito, imensurável e suficiente de Deus. Precisa entender que o maior e mais necessário presente de Deus é o sacrifício de Jesus na cruz do calvário. Fale para ele o plano da salvação do começo ao fim! Nunca canse de falar sobre. Conte que Deus o ama que Jesus venceu o pecado na cruz por amor a ele. A salvação é uma experiência transformadora!

É importante  investir na santificação de seu filho,  mas antes invista ardentemente em sua salvação. Se ele receber a Cristo como salvador, logo poderá operar a salvação (Fp 2.12) e o Espírito Santo começará a atuar no viver dele. Como mãe, tu deves ser um instrumento de Deus para dirigi-lo no habito da oração e da leitura da palavra. A porta para o reino de Deus é a salvação. A vida santa e piedosa deve ser fruto da salvação e da busca por desenvolver o caráter de Cristo. Isso não é pouco relevante mas se não for fruto de um encontro com Deus, nada será. Ora pela salvação do teu filho. Ele pode conhecer as historias da Bíblia, mas da mesma forma que conhece fabulas e contos com lições morais. É preciso que ele saiba que a palavra é viva e eficaz e que o centro dela é o sacrifício de Cristo, o cordeiro imaculado. Ore todo dia, como um pregador comprometido com o evangelho da cruz,  para que sejas um instrumento de Deus na pregação do evangelho a teus filhos. Fala com ele numa linguagem simples e direta. Peça sabedoria a Deus e que o Santo Espirito o convença (Jo 16.8)

A transformação genuína só se dará se os olhos de teus filhos forem abertos. Eles precisam olhar para o mundo e acha-lo muito pouco diante do tesouro que têm dentro. Encontrar seu tudo em Cristo fará com que eles não sejam tentados a colocar o coração em coisas mundanas e fúteis.  Lutar para que seus filhos recebam a Cristo como salvador e Senhor é a prioridade.  Muitos pais ensinam a seus filhos uma lista, um código moral. Logo, assustam os filhos com o inferno e treinam seu comportamento com punições. Isso tudo surte um certo efeito, mas não chega ao coração.  

Se teus filhos não dão sinais de viver a salvação em Cristo, de operarem a sua salvação, se pecar não os leva ao arrependimento genuíno, temos aqui um problema:eles não valorizam o sacrifício de Cristo, logo há um sinal amarelo ou vermelho que pede que pares e análises a situação. Que dizem os seus passos? É ele alguém que goza da salvação e dá passos no caminho da santificação?
Essas perguntas levam-nos ao próximo princípio que segue uma salvação genuína.

2. O principio da Santificação e discipulado constante

Hebreus 12.14 nos diz: "Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá ao Senhor". A santificação é o segundo aspecto que deve permear a nossa relação como discipuladores de nossos filhos. Eu introduzo aqui o termo discipuladores porque quero levá-la à compreensão de que antes de pensar sobre a santificação de nossos filhos precisamos pensar por quê e para que estamos a educá-los.
Como mãe, podes educar o teu filho para o sucesso académico e para muitos outros propósitos. Podes ensinar-lhe uma moral rígida e treinar o seu comportamento, nada disso é errado em si. Todavia, isso não deixa claro seu propósito de ser instrumento de Deus na santificação de teu filho, nem torna-los discípulos do mestre amado. Uma das realidades que mais impactou meu coração e tem norteado o rumo da educação daqueles que o Senhor me confiou junto com meu marido é a ideia de que estou a educar e instruir meus filhos para os propósitos de Deus. Não é uma questão de suprimir comportamentos que  nos irritam e permitir aqueles que não nos incomodam. Pais que têm consciência que a vida de seus filhos têm propósitos divinos não podem negligenciar o compromisso de educa-los na direção que a palavra de Deus ordena.

Ao morrer por nós na cruz ,Jesus mudou a nossa  situação frente a Deus e ao pecado. A Bíblia nos diz que Ele desfez a separação que existia entre nós e Deus, anulando nossa divida com o Pai celestial (Ef 2.11-15). Por pequeno que seu filho seja, ele precisa compreender que ao aceitar a Cristo, ele é feito filho de Deus e morada do Espirito Santo. Ele hospeda no controle de sua vida um conselheiro e consolador (Jo16.13, I Jo 2.24-27) e tem acesso à palavra de Deus através de seus pais e de suas próprias leituras bíblicas, quando ja sabe ler. Muitos pais pensam que devem apenas reforçar o que seus filhos aprendem na igreja quando tiverem tempo. Todavia, não é isso que a Bíblia diz. O dever da instrução é primariamente seu como mãe e do pai, se ele também serve a Cristo. Provérbios 22:6 deixa claro que papel temos na vida de nossos filhos.

Quando se tem consciência que se é templo e morada do Espirito Santo é preciso investir na leitura da palavra, oração e vigilância ( que o apostolo Pedro vai chamar de sobriedade, ser sóbrio, estar atento- 1Pe 5.8-9) para desenvolvermos o caráter de Cristo em nós. A vida cristã é dinâmica e você é chamada a semear com vigilância e fé e ensinar seus filhos  a observarem as próprias veredas ao escrutínio da palavra . Se você ler a parábola do semeador, verá que não se trata simplesmente da semente do evangelho chegar ao coração de seus filhos, mas de haver um solo propicio ao progresso da semente. Temos a responsabilidade de disponibilizar a palavra e também de trabalhar diligentemente em oração para que ela possa prosperar. 

Assim como o apostolo Paulo foi chamado a pregar aos gentios e  não deixava de dar-lhes o genuíno alimento espiritual, fostes chamada a alimentar teus filhos com a palavra de Deus e orientá-los no caminho da santificação. Os termos santo, santificar, santificação são derivados do latim sanctus. Esse vocábulo geralmente é utilizado para traduzir o termo hebraico qadash  e no grego  está ligado ao substantivo hagiasmos  e ao verbo "hagiazo" . Ambos os termos conotam separação, consagragação. Isso significa que como tu, teu filho foi chamado para viver uma vida separada do curso do mundo (Rm12:2), uma vida diferente. Quando o apostolo nos adverte que não nos conformemos com o mundo que nos cerca (não nos moldemos a ele), ele claramente nos aconselha sobre vivermos em  oposição a isso uma vida transformada pela renovação do nosso entendimento, a fim de experimentarmos viver para o propósito que completa perfeitamente nossa existência (experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus). Se nossos filhos não estiverem a ser guiados nesse caminho, eles não experimentarão plenamente o propósito de sua existência. É possível dizer que uma criança ou jovem que tem sua mente capturada pela modelagem social e emocional do mundo, ou tempo em que vive, não poderá ter uma vida plena em que seus dons e talentos sejam empregados com exatidão ao propósito porque Deus o fez existir.

Viver em santidade enquanto se cresce indica que a forma como a criança relaciona-se, constrói sua auto-imagem e seu auto-conceito,  estabelece metas e prioridades, usa suas palavras e tempo, como faz qualquer coisa. Enfim, não é a mesma proposta pelo mundo ao seu redor e tu fostes chamada para introduzi-lo nesse caminho, caminhar com ele até o dia em que possa fazê-lo por conta própria. Levar nossos filhos à entenderem a necessidade da comunhão da oração, à busca por modelar seu caráter pela palavra de Deus e uma vida que o louve e glorifique é vital. Não é uma tarefa fácil, nem que deva ser desenvolvida por conta própria. Assim como um pastor  consagrado e entendedor de sua responsabilidade ora e chora diante de Deus para guiar seu rebanho, velar pelas almas de nossos filhos é um exercício que demanda constante dependência do Senhor.

Muitas mães estão preocupadas, legitimamente, em suprir tudo que podem materialmente aos filhos. Não vou deslegitimar essa busca. É normal que queiramos dar o melhor a nossos filhos. Todavia, é importante que nada substitua o processo de formação de nossos filhos como discípulos de Cristo. O papel de discipular é seu como mãe e também do pai, obviamente. Todavia, como este é um blog para mães, gostaria de centrar nossa conversa tendo como alvo a ti, mãe. Quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que o Espirito Santo impulsionou os discípulos não apenas a falar do amor e do juízo divino mas também a fazer discípulos. A palavra era pregada, cartas aos filhos na fé eram enviadas. Em Efeso, o apostolo Paulo chega a arrendar um imóvel e ali fazer um espaço de ensino da palavra para discipular os crentes. Paulo sentiu dores de partos para que Cristo fosse gerado nos crentes que evangelizou, mesmo na prisão, sua preocupação com a fé genuína e o caráter de Cristo gerado nos crentes era tão notável que, condenado à morte, se preocupou mais em escrever cartas inspiradas pelo Espirito Santo que em trabalhar para não morrer. Era uma entrega genuína, em que se gastou e se deixou gastar pelas almas daqueles a quem guiou no caminho do Senhor.

Não é simplesmente dizermos a nossos filhos pode isto e não pode aquilo. Trata-se de sedimentar bases solidas e firmes na palavra. Aqui, gostaria de louvar a Deus pela vida do meu pai e da minha mãe que mesmo em simplicidade tinham a compreensão de que precisávamos, como filhos, de um fundamento firme na rocha. Nunca se tratou de serem pais perfeitos, mas de amarem ao Senhor em fidelidade e levarem a sério essa responsabilidade. No lar em que cresci, eramos instados a ler as sagradas escrituras e orar. Meus pais eram incapazes de terceirizar para o departamento infantil da igreja a nossa formação como crentes.

Todavia, ao enxergar hoje isso de um outro lugar, o de mãe, vejo que há um fator importante também, o de nós estarmos preocupadas em desenvolver o caráter de Cristo em nós. O lugar de mãe é difícil porque temos também de ter o nosso altar pessoal em dia e estamos também caminhando com Cristo. Esse é um chamado e propósito que gera dores. Uma mãe que busca viver uma vida santa e vigiar suas veredas, ensina também os filhos com sua piedade não fingida.Ao falar sobre o assunto o apóstolo Paulo diz que sente dores de parto para que Cristo seja gerado nos crentes. Não espere que seja diferente, mamã. De fato, a mesma responsabilidade que um pastor tem com suas ovelhas , Deus deu a você por seus filhos. Por essa razão, conhecer o Senhor através de sua palavra, ter uma vida de oração e consagração a Deus e depender do Espirito Santo é primordial. Muitas vezes, lidamos com a educação de nossos filhos como se não exigisse nada de nós, o que não é verdade. Não precisarás fazer um curso universitário para isso. Precisarás conhecer a Deus através de sua palavra e da comunhão da oração. 

Ontem, eu tive o privilegio de ver o testemunho de um atleta americano. Na verdade, eu cheguei naquele video por conta do Ravi Zacharias. Era uma conversa com Ravi, o atleta e um mediador. O que gerou admiração e esperança foi o depoimento desse atleta sobre o que impactou sua vida e o fez seguir a Cristo. Ao ser perguntado se frequentou a igreja como criança, ele falou que sim. Todavia, foi especifico em asseverar que ir à igreja não o impactava enquanto era pequeno e crescia. Ele não explicitou as razões muito claramente, ou talvez eu fui tão impactada pela declaração que veio a seguir que sequer gravei bem as razões. Então, aquele jovem homem falou que a vida piedosa de seus pais tornou a verdade inescapavel para ele. Ver seu pai dedicando-se à palavra e vida de fé genuína capturaram a atenção daquele homem quando era criança e o fizeram render-se a Cristo Jesus.

Nossos filhos aprendem. Aprendem pela palavra pregada, aprendem pela sua participação na igreja, mas nosso exemplo como mães é forte e gera também um autentico discipulado. o apostolo Paulo aconselha os crentes de Corinto a seguirem seu exemplo na devoção em imitar o mestre. Paulo tinha a preocupação de oferecer sua vida como exemplo (I Co 11.1) e aconselha explicita e detalhadamente a Timoteo sobre sua responsabilidade em ser o exemplo dos fieis. Teu exemplo como mãe cristã, tendo uma fé sem fingimento (como a descrita em II Timoteo1:5), será uma referência na vida e jornada de teus filhos. 
Na jornada de aconselhamento e escuta, tenho sido tocada pela forma como muita gente repete padrões de comportamento presentes em seu seio familiar em seus momentos de dificuldade.  Deixamos inscrito no repertório de nossos filhos formas de reagir aos fatos e compreender realidades. Uma vez, lendo a biografia de um homem criado num lar cristão que tornou-se ateu e depois de muitos anos voltou à crer em Deus, li uma frase muito interessante. Em sua biografia, ele dizia que era necessário ter cuidado com aquilo que era gerado nas primeiras experiências de uma pessoa. Ele afirmava que era comum que, mesmo depois de afastar-se e renegar sua historia, a pessoa voltasse para aquilo que em algum momento se mostrou sólido e cheio de significados. Nossos filhos estão lendo a nossa vida e construindo sentido nela do que significa ser discípulo de Cristo. O apostolo Paulo podia dizer tomem o meu exemplo, o exemplo de alguém focado em imitar a Cristo. Seja uma boa referência e semeie a palavra no coração de seus filhos. ajude-os a lutar contra o pecado na medida em que você também luta contra ele em sua vida diária. Quando errar, mostre arrependimento e peça perdão a eles e ao Senhor. Não ache desculpas em seus filhos para o seu pecado. Seja um discípulo autêntico do Senhor. 

No próximo post, falaremos de alguns princípios que são desdobramentos deste que descrevemos. Eles são importantes, por isso embora sejam parte do processo  de santificação queremos dar especial destaque a cada um, pois são bastante abrangentes.
São eles: o princípio da palavra abundante, da comunicação abundante, da graça e misericórdia repartidas, da vigilância e prudência e da observância dos frutos.
Espero ter edificado sua vida como tenho sido edificada com essa reflexão. Que sejamos instrumentos de Deus na vida de nossos filhos.

sábado, 10 de agosto de 2019

Filho, quantas vezes vou repetir a mesma coisa?

Olá queridas,

Dia desses, estavamos as crianças e eu a cuidar de nossas vidas em tarefas rotineiras e ordinárias quando percebo-os envolvidos numa mesma ação tola que eu havia corrigido e admoestado anteriormente. Depois de um exaustivo dia, olhando para cima, como quem olha em direção aos céus, mas fitando de fato o teto branco, exclamei: Até quando terei que dizer a mesma coisa? Por que eu tenho que repetir tantas vezes a mesma coisa para vocês dois? Deixe que eu diga que aquela não era uma situação de desobediência explicita, mas de falta de maturidade. Há situações que pedem disciplina bíblica e centrada na correção do caráter (não na ira e na raiva da mãe), mas há aquelas que exigem a repetição de uma mesma verdade de diferentes formas  e acompanhada de oração para que a semente germine.

Hoje, na minha leitura devocional eu me deparo com as seguintes palavras do apostolo Paulo aos cristãos de Filipos: (...) Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas. É segurança para vós. (Fp. 3.1b).  Logo, vêm á mente inúmeras situações em que tenho que repetir, repetir, repetir e repetir verdades bíblicas que gostaria de ver já arraigadas no coração dos meus filhos.  Muitas vezes, eles conseguem completar a frase com a instrução , principio ou versículo que baseia o que irei repetir  (como se eu fosse alguém previsível e repetitiva), outras vezes eu sinto que já falei tanto que não gostaria de ter que repetir. No entanto, o apostolo Paulo está a ensinar-me, inspirado pelo Espirito de Deus, que há repetições que são segurança, um reforço para o ensino.

É interessante ver que em provérbios 27.15 a Bíblia aborda o quanto é inoportuna a fala repetitiva da mulher rixosa. Nesse contexto, estamos falando da repetição impetuosa e constante sem nenhum objetivo de instruir, ensinar ou admoestar e apenas para expressar o próprio descontrole ou frustração. A repetição instrutiva é diferente e é feita por alguém que cumpre sua função de zelo sobre um outro que o Senhor confiou-lhe. Em II Timoteo 5.21o apostolo Paulo insta (fala com insistência) com Timoteo para que guarde uma série de instruções dadas por ele e não faça nada com parcialidade. Paulo, numa posição paterna com Timoteo, considerando ser ele (Paulo) um mentor e discipulador, sem cerimonias, faz questão de insistir com Timoteo sobre aquilo que considera relevante. 

Nós, mães, se queremos ver brotar em nossos filhos o caráter de Deus vamos ser a voz que repete, até que tenham maturidade eles mesmos de repetirem a si mesmo a palavra de Deus e os bons princípios e instruções.  Recomendações, conselhos, encorajamentos , repreensões, apelos, correções, instruções e declarações de amor devem ser repetidas com paciência, firmeza e amor. Como diz o apostolo é segurança para eles.

Mas como repetir? Hebreus 1:1 revela uma verdade linda. Ali, o escritor aos Hebreus nos diz como Deus tratou seu povo. Está escrito: "Tendo Deus, outrora falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais pelos profetas , a nós, falou-nos pelo filho,". A Bíblia nos diz que Deus ao falar ao povo falava muitas vezes. Sim! A fala de Deus é abundante porque Ele criou-nos e sabe que não há ensino sem abundante comunicação.  Todavia é lindo ver que Deus não comunica apenas de uma forma, mas de muitas maneiras. Deus falava com seu povo com parábolas, com profetas que quase encenavam e até vivenciavam metáforas para que o povo de Deus visse e entendesse (é só ler Jeremias e ver como Deus usa as ações do profeta para que didaticamente o povo entendesse), dava instruções , orientações, estímulos e comunicava de diversas outras maneiras.

PORTANTO, não fale apenas de um modo, não seja uma goteira constante. Fale de muitas maneiras! use exemplos, conte histórias suas, selecione textos bíblicos, tarefas pedagógicas, quando o pecado persistir na vida de seu filho. Seja intencionalmente bíblica e peça graça e criatividade. Sim! Eu e você precisamos aprender com Deus... muitas vezes e de muitas maneiras. Até mesmo a disciplina é um jeito de falar e corrigir. Só não deixe de fazê-lo.

sábado, 20 de maio de 2017

Viajando pelo caminho...



Mamães queridas e colegas de oficio que a paz seja conosco!

É com muito prazer que retomo nossa conversa contando uma experiência que me fez pensar bastante…

Antes de escrever,  peço a você que se puder leia Gênesis 19:23-26. Essa é a história de uma mulher convocada a fazer uma escolha - perecer com suas coisas e estilo de vida ou ser salva deixando tudo para recomeçar. Esse é o velho dilema de uma mulher apegada ao seu chão, suas coisas sua casa, suas

Tenho pensado muito nessa narrativa bíblica. Tenho pensado em meu tesouro- onde ele está e, consequentemente, onde está meu coração (Mt 6:21). Penso também na passagem em que Jesus fala que quando queremos preservar a nossa vida, corremos o risco de perde-la e quando dela abrimos mão pelo reino de Deus, a ganhamos. Esses dias, como algumas de vocês sabem, estamos em processo de mudança para outra nação e isso implicou em deixar para trás muitas coisas. Não vou falar de pessoas,pois com elas a distância é geográfica apenas, estou falando de coisas materiais, não estou falando de bens valiosos financeiramente, estou falando de bens que causam apego emocional. Não foi fácil colocar em poucas caixas o que levaríamos, não foi fácil me ver naquela posição em que a mulher de Ló, que tantas vezes avaliei, esteve. Por plano e vontade divina, eu precisei deixar algo sem olhar para trás e me vi como a mulher de Ló compelida a olhar pra trás e dar uma olhadela saudosista para tudo que me apeguei durante esses 10 anos em que estou casada com meu amado esposo. 

Um dia, cheguei em casa e não havia mais panelas, mais sofás, mais nada e eu estava exausta em embalar tudo aquilo e separar para seu destino e enquanto refletia, minha pequenina me lembrou através do louvor:
-Escute agora essa história da mulher se deu mal! Só porque olhou pra trás virou estatua de sal.
Aquela música infantil que tantas vezes cantei com os pequenos em casa e com meus aluninhos na E.B.D me cortou o peito. Eu estava olhando para trás, estava vendo minha vida como retratada numa série de objetos e minha vida é mais que tudo isso, está escondida em Deus. É engraçado como para nós as coisas se traduzem em objetos. Como nosso estilo de vida traduz o nosso coração inquieto. Podemos nos perder, sim! Podemos nos perder nos objetos, nos apegando a uma carreira, a um estilo de vida e a tantas coisas que julgamos parte de nós e imprescindíveis. Será que Deus é nosso tesouro? Será que dEle vem nosso prazer, alegria e fonte de tudo ou está no que Ele nos dá para serem apenas canais para seu reino. 

Fiquei pensando se a beleza e elegância que Deus criou para retratar sua gloria não acaba se tornando um ídolo do coração, algo que não o glorifica numa roupa ou sapato que complementa um rosto radiante e um espirito sereno. Será que a despensa cheia de comida, em vez de ser objeto de nossa gratidão ao Senhor pelo pão, não se torna nossa segurança de que teremos o pão porque trabalhamos e podemos comprar comida, em vez de ser objeto de nossa gratidão a nosso provedor? Será que os livros não se tornam uma acumulação e troféu que provam que lemos em vez de serem usados com propósito útil ao reino de Deus?  em vez de sermos mordomos alegres que cuidam bem do que tem para a gloria de Deus nos tornamos até acumuladoras de coisas que nunca usamos mas enchem nosso coração e nos fazem encontrar satisfação e alegria no lugar errado. Não me entenda mal. Não estou dizendo a você que é pecado ser elegante, ter objetos e cuidar bem deles, nem estou mandando você se tornar um hippie. Estou falando de como ser pega em minha fraqueza me fez pensar em minha vida e no tipo de vida que Deus quer que eu viva.

Como facilmente nos tornamos idolatras frente ao que temos! Como tornamos as bençãos de Deus em fins e não canais de sua gloria. Como eu preciso que meu coração seja convertido a Cristo e que minhas coisas (My stuff, como dizem os de língua inglesa), sejam só coisas e os títulos sejam só meios de glorifica-lo que não sejam mais que coisas temporárias. Meus olhos marejam porque num gesto de uma garotinha cantando  'éstatua de sal'', Deus me mostrou o quanto há de comum entre a mulher de Ló e eu. Como é fácil que eu me apegue àquilo que perece e isso deixe de ser um meio para se tornar um fim. 
Não estou falando que seja errado termos e zelarmos com cuidado do que temos. Estou falando de como bençãos podem facilmente se tornar ídolos em nossos corações e mentes.

Convido você a junto comigo compreender que tudo que toma o lugar da alegria de ter Cristo pode facilmente se tornar um ídolo do coração e nos tornar imoveis estatuas de sal presas naquela que nos impede de nos movermos e seguir adiante e glorificarmos a Deus. Se o doce preenche meu coração e ansiedades, ele está no lugar errado! Se o que possuo é minha segurança, ele deixou de ser um meio e está ocupando o lugar errado em meu coração. Se comprar é meu escape para as adversidades e me sentir bem; isso também está tomando o lugar errado em meu coração. 

Então eu lembro que o Espirito Santo tem uma função em minha vida. Ele é Deus atuando na terra para meu aperfeiçoamento, me ajudando em minha fraqueza, produzindo em mim seu fruto e que sem Cristo eu nada posso. Ele trabalha em mim e torna minha incorrigível carne submissa à palavra de vida e a torna serva, suplantada e crucificada ali com Cristo. Ela tenta voltar, reinar e ser senhora, mas perto de mim há sempre um modo de lembrar que quando Cristo não é Senhor de minha vida, eu sou só alguém rodando em círculos escrava de vontades que não me saciam apenas me prendem a um modo de vida que não fui criada para viver e, portanto, nunca vão saciar minha sede. Essas fontes só geram dor e adoecimento emocional e físico. Definitivamente, quero seguir adiante! Não quero me tornar uma estatua de sal! No fim, nada nesse mundo poderá preencher minha alma. Só sou completa quando nos braços dAquele que soprou em mim o folego de vida  e diferente dos macacos, leões e demais animais, me criou para transcender e viver em comunhão com Ele.  As pequenas alegrias dos meus dias são apenas pequenos refrigérios para seguir adiante, quero valoriza-las mas nunca deixar que se tornem minha alegria maior. Só Ele tem a água viva que sacia minha alma e a enlaça no frescor da sua gloria.
Eu te convido a seguir comigo essa jornada como diz uma das minhas musicas preferidas desde garotinha ( O Hino 36 da harpa cristã) : Passarinhos, belas flores querem me encantar…São vãos, terrestres esplendores mas contemplo meu lar.

Tenham todas um lindo dia, no vislumbre da graça divina e entendendo que nosso lar é longe e que as paragens e fontes de água no deserto só são pequenos presentes do Pai, para lembrarmos que do outro lado há algo bem melhor do que isso.  

Que atrair o nosso amado mestre seja nosso objetivo:

Ouça filha, considere e incline seus ouvidos: Esqueça o seu povo e a casa paterna. O rei foi cativado pela sua beleza; honre-o, pois Ele é o seu Senhor! (Salmo 45;10-11) Que sejamos formosas aos olhos dEle!

No amor do calvário que nos une,

Ana Cláudia 


domingo, 14 de maio de 2017

O melhor presente do dia das mães

Olá a todas,

Hoje eu gostaria de parabenizar cada mamãe querida que nos acompanha no blog. Queria ter um lindo vídeo e Uma homenagem bela, mas não tenho essa vocação a não ser com a ajuda dos universitários😄. Adicionalmente, está posto o fato de que eu estou sem meu quartel general, esperando a mudança de nossa família para Portugal (resumindo, a mamãe está sem casa). Todavia, tenho o que mais gosto ao escrever para o blog: minha Bíblia e a oportunidade de refletir (um momentinho silencioso).

Ao longo desses seis anos, quase sete, em que sou mãe, fui entendendo que cada vez mais quero menos celebração a mim e a minha maternagem. Aprecio os gestos de carinho dos meus filhos e marido.  No entanto, não acho que sou uma heroína. Não acho que mereço louvores e honras. Francamente, quero que meus filhos cresçam sendo gratos e aprecio o amor que recebo deles em forma de gratidão e tenho orado para que algum dia eu cresça no Senhor ao ponto de corrigi-los quando forem ingratos e não apreciarem meu trabalho, pelo caráter deles e para que aprendam a ser gratos, e não por necessidade de ser reconhecida. Essa é minha luta constante! Espero um dia ser assim...

Há duas razões, ou três talvez, pensando bem, que me fazem entender que tenho mais a agradecer que a ser alvo de gratidão. Há também inúmeras pessoas que realmente são exemplo de maternidade e com quem aprendo, seja lendo suas biografias ou assistindo seus exemplos cotidianamente . Quando vejo as provações que cercaram a vida dessas santas mulheres e a forma como pequenos obstáculos do caminho mostram minhas fragilidades, eu vejo o quanto ainda tenho a crescer em conhecer ao Senhor e dar lugar ao doce Espirito Santo. No entanto, a despeito de minhas fraquezas e debilidades, eu vou vendo o quanto Deus trabalha em mim através da maternidade e o quanto as tarefas designadas a nós mulheres pela palavra nos fazem crescer e apontam nossos pontos de fraqueza bem como nossos pecados.

Não é fácil ser mãe. Não porque seja uma tarefa complexa, mas por exigir a simplicidade que muitas vezes nos falta. É um chamado direto, sem rodeios e por isso muitas vezes nos deixa atonitas e perdidas. Ser mãe desnuda o nosso interior e nos exige agora o que normalmente deixaríamos para depois, ou deixaríamos passar despercebido. A maternidade aponta nossa falta de exemplo nesse ou naquele departamento, exige de nós o fruto do espirito e o crescimento vital da caminhada com Cristo, dentre tantas coisas. Há uma pergunta que eu escuto muito das pessoas que me conhecem a um bom tempo: se a maternidade me realizou. Elas perguntam se ser mãe foi tão bom quanto eu imaginava. Ser mãe, foi mais que o que eu queria. Ser mãe foi na minha vida o que eu precisava. Muitas vezes a maternidade foi o puxão de orelha de Deus, em outros foi o desafio de andar a próxima milhaem amor. Houve momentos em que ser mãe me fez sentir a benevolência divina, numa hora de doçura ou alegria, em outros me fez pensar: Como Deus pôde me dar essa tarefa? O que ele vê em mim que eu não vejo. Todos os dias ser mãe me acorda do velho erro de Eva: procurar a mim mesma  em outra fonte que nao a transbordante e  provar e sentir o gosto de querer me bastar e ser suficiente (nas palavras da serpente ser igual a Deus). Ser mãe me torna fragil e dependente, revelando a minha essência.

Às vezes eu acho engraçado as propagandas do comercio no dia que se comemora o dia das mães. Eu sinto que aquelas propagandas não falam de mim. Não sou a mulher que é o que quiser. Eu vivo numa luta constante para ser o que preciso! Não sou a mulher forte (que usa um determinado desodorante) que faz o que quer porque é forte. Sim , eu tenho que ser guerreira, mas não sou o que quero. Eu corro uma corrida, almejo um dia e naquele dia será meu dia das mães… Não porque ganhei uma bolsa, uma joia ou um par de sapatos, mas porque quero ouvir dAquele  a quem minha alma ama e anela: Serva boa e fiel! Aquele será o dia da minha recompensa, aquele será o dia dessa mamãe aqui e eu espero de coração poder dizer ao meu querido Mestre: Me destes esses talentos, e com a ajuda do teu doce Espirito, eu os multipliquei.

Não me leve a mal! Não estou falando contra o dia das mães. Só estou dizendo que as alegrias desse dia, são só um refrigério. Sabe um maratonista? Ele recebe copos de agua para se refrescar ao longo da sua jornada.Todavia, ele não para. Não se ilude porque alguém lhe deu água reconhecendo que ele se desgastou ao longo do caminho. O maratonista sabe que seu alvo é a medalha. Ele não para por aquele pequeno refrigério. Ele quer mais; normalmente, ele almeja o prêmio. O presente, os abraços, os elogios são bons, mas a linha de chegada é adiante. Não cheguei lá ainda!

Eu quero desejar a cada mamãe querida que cada dia de seu trabalho como mãe seja mais um dia de aperfeiçoamento na oficina do mestre. Que possamos correr com paciência a carreira que nos está proposta! Então, naquele dia descansaremos para sempre ao lado do amado mestre.
Em amor,
Ana Claudia

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Ajudando os pequenos a crescerem- Crianças em casa até os 4 anos

Olá queridas mamães,

Parece que essa semana acabou, sem que eu planejasse, se tornando a semana das crianças pequenas. Todas as sugestões que eu dei passaram pela primeira infância. Provavelmente, não ficaremos só nesse intervalo de idade. Teremos outras conversas no caminho.

Hoje há uma grande discussão se crianças pequenas devem ou não permanecer em casa em vez de frequentar creches, hoteizinhos e escolas. Tenho meu posicionamento sobre isso, mas confesso que não tratarei da questão no post.  Esse é, de fato, um post sobre filhos pequenos que já estão em casa com pais que querem ser protagonistas no processo de desenvolvimento. 
Eu acredito, e poderia citar uma diversidade de autores que seguem essa direção conceitual e pratica, que crianças pequenas precisam se apaixonar por conhecer. Creio que é a idade em que é necessário desenvolver amor pelo conhecimento e aguçar os sentidos. Não estou falando de conhecimento formal, mas de formar os alicerces que serão um passo inicial na postura da criança frente ao mundo. Isso não se faz sentando por quatro horas e fazendo tarefas. Há uma série de habilidades espirituais, emocionais, físicas, afetivas (e lá se vai a lista) das quais são lançados os alicerces nos primeiros anos. Há uma postura frente ao mundo, ao desconhecido, aos limites, à vida que começa a se construir e a vida cotidiana e familiar é cheia de momentos que propiciam o desenvolvimento. No lar é possível formar o alicerce da vida devocional e espiritual e com espontaneidade aprender os primeiros conteudos que são básicos em nossa organização social. Não é necessário investir em coisas caras ou gastar dinheiro com programas de ensino. No dia a dia, na brincadeira, enquanto as coisas acontecem nossos filhos crescem e florescem, desde que estejamos dispostos a trabalhar com eles.
Todavia, creio que é importante traçar alvos porque creio que podemos usar toda situação que vivenciamos com nossos pequeninos para que cresçam com corpo sadio, espirito fortalecido, coração sábio e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2:40). Não necessariamente seus alvos precisam estar num pedaço de papel, mas para aquelas mamães que como eu buscam um conjunto de habilidades escritas para saberem o que perseguem, disponibilizo uma lista passível de adaptação. Há, na minha lista, habilidades bastante especificas, pelo fato de eu ter construído essa lista tendo como foco uma criança, em especifico, minha filha caçula.





Conjunto de Habilidades de desenvolvimento para crianças pequenas
Idade abrangente: 2-4anos

Objetivos:

  • ·      Iniciar a criança na cosmovisão cristã. Creio que nessa idade é importante que a criança se perceba como parte de uma família inserida no reino de Deus.
  • ·      Propiciar uma educação global que  tenha como foco a formação cristã.
  • ·      Propiciar desenvolvimento integral e aprimoramento de habilidades já conquistadas com o encorajamento especifico.

  • ·      Estimular a curiosidade e a resolução de problemas  a partir de recursos pessoais e habilidades cognitivas já adquiridas.
  • ·      Trabalhar a construção do sentimento de pertença como  atrelada a possibilidade de apego e dependência nos primeiros anos (primeira infância). Nossa visão se sustenta na premissa de que o vinculo familiar fortalecido é a base de uma boa socialização e da formação integral da criança.
  • ·      Relacionar-se com outras crianças através de diversas atividades e desenvolver valores cristãos para a convivência social.
  • ·      Situar-se a partir da construção de um conceito inicial de Deus,  de si e do mundo ao seu redor.
  • ·      Estender a aprendizagem a diversas atividades e ambientes (museus, ar livre, casa, prática de atividades ao ar livre, visitas a diferentes espaços ), tornando-a uma experiência global e não restrita a um determinado ambiente.
A seguir, listo algumas áreas:


Habilidades artísticas,  de representação e criação


  • ·      Reconhecer objetos através da imagem, do som, das sensações que desperta, cheiro e sabor, explorando os sentidos nas situações cotidianas do lar.
  • ·      Imitar,  seguir sequências e instruções.
  • ·      Estabelecer relações diversas entre objetos do mundo físico, através de suas características.
  • ·      Inserir-se em jogos imaginários e de imitação.
  • ·       Manipular material concreto e criar (barro, papéis de diferentes textura, sucata, ingredientes de cozinha, massinha de modelar, etc.) .
  • ·      Iniciar reconhecimento e classificação de objetos a partir de categorias (cores,  figuras geométricas planas, números, categorias em geral).
  • ·      Usar o desenho e a pintura como ferramenta de representação da realidade.
  • ·      Ser introduzida à ideia da representação escrita de nomes (pessoas, objetos). Ou seja, saber que as pessoas escrevem.

Linguagem 
·      Expressar-se e falar com os outros sobre experiências pessoais.
·      Descrever objetos e estabelecer ou compreender relações entre eles.
·      Desenvolver habilidade de ouvir diferentes tipos de textos (histórias, lendas, poemas, instruções, contos, relatos bíblicos, etc.) narrados de forma espontânea ou formal.
·      Reconhecer a escrita como forma de expressão.
·      Expressar-se através da escrita- desenhando e fazendo garatujo.
·      Ser introduzida a símbolos e figuras presentes no cotidiano.
·      Desenvolver habilidade de contar historias espontaneamente ou a partir de sequências;
·      Iniciar organização temporal de dados em sua narrativa.
·      Ser introduzida a diferentes gêneros textuais como ouvinte. 
·      Ampliar vocabulário.


Identidade e Relações interpessoais
·      Reconhecer o outro como parceiro de jogos, brincadeiras e atividades.
·      Resolver problemas e usar ferramentas emocionais ou físicas úteis nos contextos específicos (Pedir objeto, substituir algo inacessível, etc.)
·      Desenvolver soluções sociais e superar a tendência a utilizar recursos afetivos egocêntricos. Trocar soluções egocêntricas imediatas pelo uso da palavra (ex.: em vez de tomar brinquedo a força pedir por favor, solicitar ajuda de adulto para resolver conflito, etc.) sendo introduzido a princípios bíblicos apropriados para a sua idade e desenvolvimento pessoal.·      
Reconhecer sinais de emoções, sentimentos, desejos e necessidades do  outro, desenvolvendo também um coração disposto a servir e cooperar e também consolar.
·      Relacionar-se com outras crianças e adultos a partir de princípios bíblicos.
·      Ser introduzida à ideia de acordos coletivos, regras e lidar com elas.
·      Fazer uso de boas maneiras que facilitam as relações com outros.
·      Reconhecer figuras de autoridade e cuidado e aprender a estar sob autoridade protetiva dos pais.
·      Participar de atividades coletivas que exijam cooperação.
·      Lidar com conflitos com a ajuda de adultos que seguem princípios bíblicos.

Matemática

·      Reconhecer figuras planas em diferentes contextos de uso e diferencia-las.
·      Desenvolver habilidade de classificação (figuras geométricas, flores, plantas, animais) a partir de atividades práticas.
·      Ordenar e fazer correspondência entre objetos.
·      Fazer diferença entre todo e parte.
·      Reconhecer atributos dos objetos e compara-los.
·      Desenvolver precursores do conceito de número (ordenar coisas, memorizar sequencia de números, etc).
·      Iniciar reconhecimento de registro escrito de números.
·      Fazer uso de conceito de quantidade no cotidiano (muito, pouco, um, etc);
·      Desenvolver noções iniciais de tempo e espaço.
·      Reconhecer organização espacial e posição dos objetos: encima, embaixo, ao lado, longe, perto, etc.

Música
·      Mover-se ao som da música.
·      Explorar e identificar sons e ritmos.
·      Explorar a própria voz e cantar.
·      Desenvolver marcha ou ritmo.
·      Apreciar produções musicais desenvolvendo o prazer da escuta.
·      Ser introduzida à musica cristã e o seu uso como forma de expressão e adoração.
·      Desenvolver apreciação por música clássica.

Movimento, memória e atenção
·      Expressar criatividade a partir do movimento
·      Descrever movimento
·      Desenvolver consciência corporal e destreza nos movimentos
·      Desenvolver memória do movimento
·      Aperfeiçoar gestos relativos a preensão, encaixe,  diferentes traçados e motricidade fina
·      Reconhecer e participar de brincadeiras infantis socialmente conhecidas (roda, brincar de forno, etc.)
·      Desenvolver percepção viso-motora
·      Desenvolver atenção e capacidade de concentração  em diferentes contextos
·      Desenvolver habilidade de  participar de atividades de quietude  (organizar-se para atividades amenas e começar a centrar atenção sem a presença de eletrônicos )
·      Usar memória como recurso na aprendizagem e nos jogos
·      Desenvolver esquema corporal  e equilíbrio de forma correspondente ao desenvolvimento pessoal

Desenvolvimento Espiritual e introdução a cultura cristã familiar
-       Compreender sua posição como criação divina
-       Ser introduzida à cultura cristã familiar
-       Iniciar o reconhecimento dos ritos, tradições e datas importantes da nossa fé
-       Desenvolver contato inicial com narrativas bíblicas importantes
-       Ser introduzida à instrução formativa bíblica a partir de uma abordagem ligada ao concreto
-       Ser apresentada de forma introdutória à mensagem da salvação a partir dos recursos do LSP (livro sem palavras)
- Reconhecer princípios bíblicos básicos que regem o relacionamento familiar
- Desenvolver o gosto por servir ao outro e aprender que isso agrada a Deus.

Relação com natureza e vida em sociedade
-       Ser introduzida a outros seres vivos e observa-los em seu habitat
-       Descrever natureza de forma introdutória a partir dos sentidos e das informações que já possui.
-       Criar hábitos de higiene, alimentação saudável moderada e cuidados
-       Desenvolver autonomia inicial no cuidado com o corpo e controle dos esfíncteres
-       Criar hábitos de cuidado com o meio ambiente, espaço e objetos pessoais bem como ambiente coletivo
-       Compreender a natureza como criação divina
-         participar dos momentos de comunhão familiar, aprender e valorizar a convivência em família 
-       Desenvolver de forma introdutória os rudimentos para a identidade cultural cristã
-       Desenvolver hábitos de rotina e a consciência dos mesmos
-     Aprender de forma prática sobre limites e autoridade protetiva. Compreender o papel dos pais em seu crescimento e proteção de forma inicial
-    Aprender a servir e envolver-se nos cuidados familiares da forma que lhe é possível.


     A rotina de um lar pode ser abençoadora para uma criança pequena. Como pais somos responsáveis por estabelecermos as bases do desenvolvimento de nossos pequenos. O amor, envolvimento afetivo e autoridade protetiva que um lar pode proporcionar é um presente do céu que garante aos pequeninos a confiança básica para crescer e aprender.

Espero ter sido de ajuda!
Um abraço afetuoso dessa mãe na oficina do Mestre!
Ana Cláudia