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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Ajudando os pequenos a crescerem- Crianças em casa até os 4 anos

Olá queridas mamães,

Parece que essa semana acabou, sem que eu planejasse, se tornando a semana das crianças pequenas. Todas as sugestões que eu dei passaram pela primeira infância. Provavelmente, não ficaremos só nesse intervalo de idade. Teremos outras conversas no caminho.

Hoje há uma grande discussão se crianças pequenas devem ou não permanecer em casa em vez de frequentar creches, hoteizinhos e escolas. Tenho meu posicionamento sobre isso, mas confesso que não tratarei da questão no post.  Esse é, de fato, um post sobre filhos pequenos que já estão em casa com pais que querem ser protagonistas no processo de desenvolvimento. 
Eu acredito, e poderia citar uma diversidade de autores que seguem essa direção conceitual e pratica, que crianças pequenas precisam se apaixonar por conhecer. Creio que é a idade em que é necessário desenvolver amor pelo conhecimento e aguçar os sentidos. Não estou falando de conhecimento formal, mas de formar os alicerces que serão um passo inicial na postura da criança frente ao mundo. Isso não se faz sentando por quatro horas e fazendo tarefas. Há uma série de habilidades espirituais, emocionais, físicas, afetivas (e lá se vai a lista) das quais são lançados os alicerces nos primeiros anos. Há uma postura frente ao mundo, ao desconhecido, aos limites, à vida que começa a se construir e a vida cotidiana e familiar é cheia de momentos que propiciam o desenvolvimento. No lar é possível formar o alicerce da vida devocional e espiritual e com espontaneidade aprender os primeiros conteudos que são básicos em nossa organização social. Não é necessário investir em coisas caras ou gastar dinheiro com programas de ensino. No dia a dia, na brincadeira, enquanto as coisas acontecem nossos filhos crescem e florescem, desde que estejamos dispostos a trabalhar com eles.
Todavia, creio que é importante traçar alvos porque creio que podemos usar toda situação que vivenciamos com nossos pequeninos para que cresçam com corpo sadio, espirito fortalecido, coração sábio e graça diante de Deus e dos homens (Lc 2:40). Não necessariamente seus alvos precisam estar num pedaço de papel, mas para aquelas mamães que como eu buscam um conjunto de habilidades escritas para saberem o que perseguem, disponibilizo uma lista passível de adaptação. Há, na minha lista, habilidades bastante especificas, pelo fato de eu ter construído essa lista tendo como foco uma criança, em especifico, minha filha caçula.





Conjunto de Habilidades de desenvolvimento para crianças pequenas
Idade abrangente: 2-4anos

Objetivos:

  • ·      Iniciar a criança na cosmovisão cristã. Creio que nessa idade é importante que a criança se perceba como parte de uma família inserida no reino de Deus.
  • ·      Propiciar uma educação global que  tenha como foco a formação cristã.
  • ·      Propiciar desenvolvimento integral e aprimoramento de habilidades já conquistadas com o encorajamento especifico.

  • ·      Estimular a curiosidade e a resolução de problemas  a partir de recursos pessoais e habilidades cognitivas já adquiridas.
  • ·      Trabalhar a construção do sentimento de pertença como  atrelada a possibilidade de apego e dependência nos primeiros anos (primeira infância). Nossa visão se sustenta na premissa de que o vinculo familiar fortalecido é a base de uma boa socialização e da formação integral da criança.
  • ·      Relacionar-se com outras crianças através de diversas atividades e desenvolver valores cristãos para a convivência social.
  • ·      Situar-se a partir da construção de um conceito inicial de Deus,  de si e do mundo ao seu redor.
  • ·      Estender a aprendizagem a diversas atividades e ambientes (museus, ar livre, casa, prática de atividades ao ar livre, visitas a diferentes espaços ), tornando-a uma experiência global e não restrita a um determinado ambiente.
A seguir, listo algumas áreas:


Habilidades artísticas,  de representação e criação


  • ·      Reconhecer objetos através da imagem, do som, das sensações que desperta, cheiro e sabor, explorando os sentidos nas situações cotidianas do lar.
  • ·      Imitar,  seguir sequências e instruções.
  • ·      Estabelecer relações diversas entre objetos do mundo físico, através de suas características.
  • ·      Inserir-se em jogos imaginários e de imitação.
  • ·       Manipular material concreto e criar (barro, papéis de diferentes textura, sucata, ingredientes de cozinha, massinha de modelar, etc.) .
  • ·      Iniciar reconhecimento e classificação de objetos a partir de categorias (cores,  figuras geométricas planas, números, categorias em geral).
  • ·      Usar o desenho e a pintura como ferramenta de representação da realidade.
  • ·      Ser introduzida à ideia da representação escrita de nomes (pessoas, objetos). Ou seja, saber que as pessoas escrevem.

Linguagem 
·      Expressar-se e falar com os outros sobre experiências pessoais.
·      Descrever objetos e estabelecer ou compreender relações entre eles.
·      Desenvolver habilidade de ouvir diferentes tipos de textos (histórias, lendas, poemas, instruções, contos, relatos bíblicos, etc.) narrados de forma espontânea ou formal.
·      Reconhecer a escrita como forma de expressão.
·      Expressar-se através da escrita- desenhando e fazendo garatujo.
·      Ser introduzida a símbolos e figuras presentes no cotidiano.
·      Desenvolver habilidade de contar historias espontaneamente ou a partir de sequências;
·      Iniciar organização temporal de dados em sua narrativa.
·      Ser introduzida a diferentes gêneros textuais como ouvinte. 
·      Ampliar vocabulário.


Identidade e Relações interpessoais
·      Reconhecer o outro como parceiro de jogos, brincadeiras e atividades.
·      Resolver problemas e usar ferramentas emocionais ou físicas úteis nos contextos específicos (Pedir objeto, substituir algo inacessível, etc.)
·      Desenvolver soluções sociais e superar a tendência a utilizar recursos afetivos egocêntricos. Trocar soluções egocêntricas imediatas pelo uso da palavra (ex.: em vez de tomar brinquedo a força pedir por favor, solicitar ajuda de adulto para resolver conflito, etc.) sendo introduzido a princípios bíblicos apropriados para a sua idade e desenvolvimento pessoal.·      
Reconhecer sinais de emoções, sentimentos, desejos e necessidades do  outro, desenvolvendo também um coração disposto a servir e cooperar e também consolar.
·      Relacionar-se com outras crianças e adultos a partir de princípios bíblicos.
·      Ser introduzida à ideia de acordos coletivos, regras e lidar com elas.
·      Fazer uso de boas maneiras que facilitam as relações com outros.
·      Reconhecer figuras de autoridade e cuidado e aprender a estar sob autoridade protetiva dos pais.
·      Participar de atividades coletivas que exijam cooperação.
·      Lidar com conflitos com a ajuda de adultos que seguem princípios bíblicos.

Matemática

·      Reconhecer figuras planas em diferentes contextos de uso e diferencia-las.
·      Desenvolver habilidade de classificação (figuras geométricas, flores, plantas, animais) a partir de atividades práticas.
·      Ordenar e fazer correspondência entre objetos.
·      Fazer diferença entre todo e parte.
·      Reconhecer atributos dos objetos e compara-los.
·      Desenvolver precursores do conceito de número (ordenar coisas, memorizar sequencia de números, etc).
·      Iniciar reconhecimento de registro escrito de números.
·      Fazer uso de conceito de quantidade no cotidiano (muito, pouco, um, etc);
·      Desenvolver noções iniciais de tempo e espaço.
·      Reconhecer organização espacial e posição dos objetos: encima, embaixo, ao lado, longe, perto, etc.

Música
·      Mover-se ao som da música.
·      Explorar e identificar sons e ritmos.
·      Explorar a própria voz e cantar.
·      Desenvolver marcha ou ritmo.
·      Apreciar produções musicais desenvolvendo o prazer da escuta.
·      Ser introduzida à musica cristã e o seu uso como forma de expressão e adoração.
·      Desenvolver apreciação por música clássica.

Movimento, memória e atenção
·      Expressar criatividade a partir do movimento
·      Descrever movimento
·      Desenvolver consciência corporal e destreza nos movimentos
·      Desenvolver memória do movimento
·      Aperfeiçoar gestos relativos a preensão, encaixe,  diferentes traçados e motricidade fina
·      Reconhecer e participar de brincadeiras infantis socialmente conhecidas (roda, brincar de forno, etc.)
·      Desenvolver percepção viso-motora
·      Desenvolver atenção e capacidade de concentração  em diferentes contextos
·      Desenvolver habilidade de  participar de atividades de quietude  (organizar-se para atividades amenas e começar a centrar atenção sem a presença de eletrônicos )
·      Usar memória como recurso na aprendizagem e nos jogos
·      Desenvolver esquema corporal  e equilíbrio de forma correspondente ao desenvolvimento pessoal

Desenvolvimento Espiritual e introdução a cultura cristã familiar
-       Compreender sua posição como criação divina
-       Ser introduzida à cultura cristã familiar
-       Iniciar o reconhecimento dos ritos, tradições e datas importantes da nossa fé
-       Desenvolver contato inicial com narrativas bíblicas importantes
-       Ser introduzida à instrução formativa bíblica a partir de uma abordagem ligada ao concreto
-       Ser apresentada de forma introdutória à mensagem da salvação a partir dos recursos do LSP (livro sem palavras)
- Reconhecer princípios bíblicos básicos que regem o relacionamento familiar
- Desenvolver o gosto por servir ao outro e aprender que isso agrada a Deus.

Relação com natureza e vida em sociedade
-       Ser introduzida a outros seres vivos e observa-los em seu habitat
-       Descrever natureza de forma introdutória a partir dos sentidos e das informações que já possui.
-       Criar hábitos de higiene, alimentação saudável moderada e cuidados
-       Desenvolver autonomia inicial no cuidado com o corpo e controle dos esfíncteres
-       Criar hábitos de cuidado com o meio ambiente, espaço e objetos pessoais bem como ambiente coletivo
-       Compreender a natureza como criação divina
-         participar dos momentos de comunhão familiar, aprender e valorizar a convivência em família 
-       Desenvolver de forma introdutória os rudimentos para a identidade cultural cristã
-       Desenvolver hábitos de rotina e a consciência dos mesmos
-     Aprender de forma prática sobre limites e autoridade protetiva. Compreender o papel dos pais em seu crescimento e proteção de forma inicial
-    Aprender a servir e envolver-se nos cuidados familiares da forma que lhe é possível.


     A rotina de um lar pode ser abençoadora para uma criança pequena. Como pais somos responsáveis por estabelecermos as bases do desenvolvimento de nossos pequenos. O amor, envolvimento afetivo e autoridade protetiva que um lar pode proporcionar é um presente do céu que garante aos pequeninos a confiança básica para crescer e aprender.

Espero ter sido de ajuda!
Um abraço afetuoso dessa mãe na oficina do Mestre!
Ana Cláudia 




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Dicas de leitura com os filhos- Até 3 anos

Olá todas!
Tenho recebido alguns pedidos para que indique livros cristãos para ler com as crianças. Alguns como os de Max Lucado já estão indicados aqui no blog. Outros livros indiquei na pagina do Facebook.  Como os pedidos são por livros cristãos, vou focar nesse tipo de literatura e depois, em outro post,  posso incluir uma lista de livros infantis seculares também. Muitas mamães me pedem indicações para o culto domestico. No culto domestico, uso a Bíblia Sagrada mesmo…sem pressa. Como tenho dois, pois até o momento Deus não nos agraciou com mais filhos, eu tenho lido o texto bíblico e reconto a história bíblica com figura para a minha pequena com a participação do irmão. Esse é meu jeito de abordar os dois.

Bom, vamos às indicações de autores para bebês e crianças de até 3 anos:


  • Os livros de Debby Anderson



Gosto dessa autora para pequeninos porque além de serem livros que levam a criança pequena a conhecer Deus, sua soberania, amor e criação são livros muito bem ilustrados. Há vários livros dela em Português.


  • Os livros de Amy Parker: 



Durma com Deus e Deus te abençoe são duas lindas obras que aconselho para a hora de dormir. Texto fácil e belas ilustrações. Os meus dois memorizaram o texto de tanto que liamos.


  • O Senhor é meu Pastor- Samo 23 para crianças


Livro de Jan Godfrey e Honor Ayres que é uma bela contextualização do Salmo 23. Os elementos do Salmo são descritos de uma forma linda.


Essas são minhas sugestões de leitura. Não deixemos de lado o fato de que a Bíblia Sagrada é o centro do ensino cristão.

Um abraço,
Ana Claudia Alves da Silva

Levando a mensagem de salvação aos pequeninos- Parte 2

Olá, mamães queridas!

 Que nosso coração esteja repousando na segurança de estarmos abrigados sob as asas daquele que tudo pode!
Começo assim, pois falar desse tema me remete à necessidade de compreender que carecemos da graça divina.  São 8:53 da manhã, meu dia começou a aproximadamente  quatro horas e andando pela casa e organizando a rotina logo cedo, achei uma frase escrita por uma amiga a muitos anos atrás dentro de uma Bíblia que usei na minha juventude  e peguei para usar. Assim estava escrito: "Quem tudo a Deus entrega para seguir seu chamado, deixando-se em fraqueza à disposição do mestre, dispõe do céu para as menores e mais cotidianas tarefas. Siga em frente!" No silêncio da manhã, cortado pelo barulho de um passarinho nas plantas da minha pequena horta e dos carros que começam a circular, eu percebi o quanto essa verdade é genuína e o quanto o Senhor é fiel e nos fortalece. Depender de Deus é difícil, mas é compensador. Logo a solidão com o criador e minhas ideias foi alterada por uma pequenina linda que me faz companhia todas as manhãs. Olhei para ela e digo a mim silenciosamente que nem minha tese de doutorado foi tão desafiante como ser mãe dela e do seu irmão e conduzi-los no caminho e na instrução do Senhor. Em cada fase deles, um novo jeito de falar e novos desafios. Que eu possa tudo de mim entregar para seguir esse chamado.

Antes que você ache que minhas manhãs são bucolicas, tranquilas e românticas, preciso lhe dizer que eu sou uma alma romântica por natureza e em meu fleuma e melancolia, depois de uma boa xícara de chá ou café, sou tendente a descrever as coisas do modo que faço. Provavelmente, meus desafios cotidianos são como os da maioria das mães comuns. É isso que eu sou: uma mãe igual a você. Então, temos a nossa frente o desafio máximo do chamado à maternidade. Depois de ser inspirada pela frase da minha amiga, gostaria de falar sobre como levar a palavra aos filhos desde o nascimento até os seis anos, idade do meu cavaleiro introspectivo. 

Então vem minha primeira ressalva, olhe para esse post como o de uma mãe que está aprendendo. Não tenho filhos adultos ou jovens que possam confirmar minhas palavras e tudo que tenho são pequenas alegrias e confirmações de percurso. Meu maior anelo é vir a tê-los um dia e dizer aqui no blog, já sessentona, que deu certo e que meu filhos são adultos entregues ao Mestre para seu louvor e gloria (embora eu seja uma ardente apreciadora dos primeiros anos da infância) 😆😆🙏🙏. Veja esse e todo e qualquer post meu, não como o post de alguém que tem autoridade no assunto, mas como o post de uma mãe que tem caminhado e faz sugestões a partir do caminho que tem trilhado. Esses dias alguém me fez uma pergunta e introduziu da seguinte forma: Como especialista em maternidade o que você acha de… Cá comigo, eu sorri, sorri mesmo e a pessoa notou. Não sou especialista! Sou uma mãe caminhando com outras e dividindo a alegria de caminhar com o Senhor em minha fraqueza. Quero também dizer-lhe que antes de ler o post parte dois, você deve ler o primeiro…aqui . Creio, firmemente, que tudo que será dito aqui deve ser colocado sobre a perspectiva do primeiro post. Então vamos lá. Hoje, abordarei a forma como introduzi meus pequenos na pregação do evangelho.

  • 0 aos 18 meses


Imagem: gestantesecia.com.br


Creio que essa é a idade do início.  Não, não é cedo demais. Não espere seu filho entender para introduzir na rotina a fé que sua família abraçou. Deixe que eu explique: raramente uma mãe vai deixar para dizer eu te amo ao seu bebê quando ele entender o que é o amor. Cantamos musiquinhas dos dedinhos, ensinamos a sequencia de números para que eles digam de memória e esperamos o tempo que compreendam os conceitos. Então, por que vamos esperar para pronunciar o nome Jesus para eles? 

O universo de informações e estímulos que privilegiamos na relação com nossos filhos é de primordial importância para seu desenvolvimento. Nessa idade, creio que é importante ter uma rotina familiar já estabelecida quanto à devoção. Primeiro, é primordial que nossos filhos nos vejam com a Bíblia, louvando ao Senhor e orando. Não devemos fazê-lo com a intenção de que eles vejam, apenas. Todavia, é importante que desde cedo eles percebam que há algo que empolga a mamãe e o papai. 

Independente de sua afinação, sugiro que aprenda pequenos corinhos infantis e cante com seu bebê. Mesmo que nos primeiros momentos ele não preste atenção. Cante! As crianças são capazes de capturar os sons e informações do ambiente, mesmo quando brincando. Selecione algumas canções da salvação, hinos do hinário que sejam mais simples e salmos musicados. Use gestos, palminhas, pandeiros, chocalhos e chame atenção deles. Uma dica interessante é pegar a melodia de hinos e cânticos já existentes e colocar a letra de salmos ou versículos bíblicos. Ponha áudios com os hinos do hinário usado na sua congregação. Não se preocupe com a linguagem! Em algum ponto da infância, eles terão curiosidade de lhe perguntar o significado da palavra. Você ouvirá: Mamãe, o que quer dizer 'levanta Josué pendão'?  E, então poderá explicar … 

Na minha pequena experiência como mãe e professora de E.B.D de crianças pequenas, também tenho visto a importância de introduzir pequeno versículos e ir usando na medida em que o tempo passa. Você pode usar versículos menores ou até partes de versículos. Um dos primeiros que Benjamin recitava, antes dos dois anos era uma parte de Efésios 4:32: Sede bondosos. Depois, use os mesmos versículos ao longo do dia. Uma coisa que aprendi com minha mãe e reproduzi com meus filhos, desde os primeiros momentos com eles, foi  a estratégia de ter versículos fixos para cada momento. Ao acordar, um verso de Salmos, nas refeições, outro verso de Salmos, e ao deitar um outro. Na idade que eles ainda não falavam, eu falava para eles vagarosamente e gesticulando e quando começavam a falar era lindo de ver aquelas boquinhas pequeninas falando a palavra do Senhor. Não deixe de manusear a Bíblia perto deles e dizer que é a palavra do Senhor e conte sempre histórias da Bíblia. 

Use recursos que lhe sejam praticáveis ou que tenha em casa: fantoches, livrinhos, figuras da internet.  Faca-o de acordo com os talentos que você recebeu ou pode desenvolver. Não tenha pressa nem se frustre quando eles desviarem a atenção. Aos poucos, eles vão aprendendo a se centrar. Aponte para as coisas, figuras e fale do criador: Olha, João a lua que Deus fez! Lua! essa é a lua que o Pai do Céu criou. Faça isso na natureza e nos desenhos e gravuras. Faça o culto domestico e ore por seus filhos.  Deixe que folheem uma Bíblia infantil e vá dizendo: Sim, Sarinha! Esse é Davi! Ele venceu um gigante beeem grandão (faça o gesto ). 
Introduza momentos de pequenas orações. Feche os olhos e eles logo aprenderão. E ore por eles quando estão perto. Gosto de fazer uma última oração, entregando-os ao Senhor quando vão dormir. Até hoje, eu mantenho esse hábito. Depois de ler para cada um, eles oram individualmente e eu ponho a minha mão sobre a cabecinha de cada um e faço uma oração por eles.

Bom mamães, essas são as dicas  e sugestões bem simples. Espero que possamos, todas  nós, cumprir com alegria nossa missão, mesmo entre fraldas, panelas, vassouras, leituras… 
Essa série terá continuidade em dois outros posts...
 Até lá!
No amor fraternal que nos une,
Ana Claudia

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Levando a mensagem de salvação aos pequeninos

Olá, queridas mamães,

Duas ou três vezes, mães me pediram que falasse sobre como começar a falar de Jesus aos pequeninos. Desde já quero avisar que esse não é um post simples de três ou quatro passos milagrosos. Pra mim, há simplicidade no fazer, mas há conceitos por trás da maternidade intencionalmente bíblica que não podem ser esquecidos. Em primeiríssimo lugar, eu creio que antes de qualquer coisa, como mães, devemos desenvolver um coração em que a salvação é transbordante e em que a palavra de Deus arde. Esse é o começo de tudo. Não posso reduzir a historia aqui a um conjunto de dicas de faça isso e faça aquilo.

Levar Jesus aos pequenos não se reduz a uma história bíblica contada. Creio que não se resume a que os filhos façam uma oração confessando Jesus como seu Senhor e Salvador. Não ignoro que tudo isso é importante. Todavia, há um trabalho longo que começa no coração dos pais. Como nosso blog é para mães, vou falar para nós pois não sou pai, nem me sinto em posição de dizer-lhes algo, posso falar como mãe, daquilo que o Senhor tem ministrado ao meu coração e tem feito crescer dentro de mim.

O primeiro passo para evangelizar nossos filhos é desenvolvermos nossa salvação, operando-a como o apostolo Paulo aconselha aos filipenses (Fp. 2-12-15). Precisamos deixar que o fato de sermos mães que confessam a Cristo como salvador pessoal transborde e atinja os nossos filhos e que a palavra de Deus passe, em nossos lábios e modo de viver, a ser o centro de tudo. Nossos filhos precisam ser introduzidos à palavra! Eles precisam ouvir e memorizar a palavra! Mas a cada dia sinto e creio ser desafiada pelo Senhor a deixar que sua doce e santa voz seja o centro da minha vida e da maternidade que vivo.  Não preciso só ensinar a Bíblia a meus filhos. A Bíblia precisa ser o centro e parâmetro do nosso lar. Ela tem que também ser o centro da minha vida. Os fariseus sabiam a lei de memória, mas não a amavam!
Eu creio que como a mulher samaritana, uma mãe que tem um coração impactado por Aquele que promete e dá da água da vida a nosso sedento coração não poderá evitar convidar os seus pequenos para conhecer Aquele que é maior que os profetas. A cada dia, e em cada gesto, haverá algo do Senhor a repartir, simplesmente porque somos centradas na Bíblia. Creio que mesmo quando erramos com nossos filhos a nossa confissão de fraqueza, firmada na palavra, testificará a nossos filhos. Ser uma mãe cristã não pode ser um detalhe em nossa jornada materna. Isso precisa ser o centro.
Uma vez fui almoçar com uma pessoa apaixonada pela psicanálise. Eramos dois casais e nossas crianças. Durante toda a refeição, absolutamente tudo foi analisado pelo crivo da psicanálise. Aquela senhora não deixou passar um gesto sequer! Ela falava com uma paixão que lhe enchia a vista tal qual uma adolescente apaixonada. Nada, nenhum assunto, subsistia em sua conversa sem que voltasse ao centro de sua vida. Depois daquele encontro, entramos no nosso carro e eu sussurrei no meu coração: que eu seja assim, a cada dia com tua palavra! Que ela jorre tal água pura e cristalina e invada o coração de meus filhos e os ouvidos de quem me cerca. Ah, Senhor, que seja natural para mim...

É importante contar historias da Bíblia, mas elas precisam ser mais que uma história interessante. Narrar ou ler a história bíblica precisa ser mais que ler contos infantís. Fazer o culto domestico precisa ser mais que brincar de encenar coisas de adulto. Louvar a Deus e ouvir a palavra precisa ser algo que faz o coração arder e isso só empolgará nossos filhos, se nos inflamar primeiro. O amor de Cristo precisa nos constranger a viver para Ele (2Co 5. 14-15) para que nossos filhos queiram experimentar.

O segundo passo na evangelização dos nossos filhos é fazer disso um propósito firme de oração. Orar por eles, mas que tudo, nos ajuda a entender que precisamos estar em plena e completa relação de dependência com Deus. Jesus nos diz, e está registrado no evangelho João capitulo quinze, que nossa produção de frutos para o reino é dependente dEle. Se somos intencionalmente focadas na Bíblia, nós seremos mães que entenderemos que sem Ele não há absolutamente nada  que possamos fazer. Dependa de Deus! Peça sabedoria para lidar com cada filho, em sua forma particular de ser.

Em terceiro lugar, trabalhe com seu filho em fé e não em incredulidade. Sabe aquele filho que parece não entender, não querer e de pequeno ter mais dificuldade com tudo? Invista nEle! Deus chamou você para isso. É simples assim!!! Talvez você não veja ainda frutos. Não desista! A sua fé não precisa ver resultados, ela precisa se mover sob a certeza que eles virão. Não é a fé a certeza das coisas que esperamos e a prova daquilo que não vemos? (Hb 11.1).  Não, a Bíblia não diz que vai ser fácil e ela fala que em algum momento vamos plantar a preciosa semente andando e chorando. Que em algum momento semearemos em lágrimas, mas colheremos com alegria e traremos conosco os molhos. Certo dia, ouvi uma frase muito linda dita pela serva de Deus Elizabeth Elliot. Ela dizia que não devemos arrancar com a dúvida aquilo que plantamos em fé e confiança. Não lamente, não duvide, mesmo andando e chorando semeie a preciosa semente. Não pare de semear para chorar. Se precisar chorar continue andando e semeando, mesmo em lágrimas.
Quero muito falar sobre a importância de alcançar os filhos desde pequeninos e fazer um próximo post com sugestões práticas, mas não podia deixar que essas verdades escapem. Que Deus nos ajude! Que sua graça infinita nos cubra e que sejamos diligentes.

Em amor,
Essa aprendiz de mãe na oficina do bom mestre.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Mais uma vez retomando nossa conversa…mais uma vez

Queridas mamães, companheiras de jornada e leitoras do blog,


Quando eu comecei o blog, era apenas uma ideia não muito definida de uma mãe que tinha descoberto um jeito singular de seguir a grande comissão de Cristo: a maternidade intencionalmente bíblica. Lembro do dia que minha amiga e companheira Adna me ensinou como manusear as ferramentas básicas do blogger. Nessa época, eu era uma mãe de um garotinho de dois anos, grávida da minha segunda maravilha, uma menina. Ainda me lembro de escrever na fila de espera do obstetra.

O garotinho hoje tem 6 anos e não gosta de ser chamado de garotinho. A bebezinha é uma menina sapeca e sabida de três anos e eu já não sou a mesma. Errei e acertei, mas em todos esses momentos a graça divina superabundou.


Através do blog, conheci pessoas, comecei o "papo de mães" na RBC, chorei e sorri com mães como eu e fiz novas amigas. Então, resolvi comemorar essa história dando uma nova cara ao blog. Não é uma questão de aparência! Eu mudei, minha cozinha mudou, minha familía foi também mudando porque nosso alvo a cada dia fica mais nítido e nossa alma grita mais forte: Maranata! 



Então, aqui estamos com novos tópicos, novos projetos e o mesmo alvo e a mesma convicção:meu alvo é ser uma mãe intencionalmente bíblica. Algumas amigas tem ajudado nessa jornada com o blog, o Facebook e a montanha de ideias que saem da minha cabeça e tenho de administrar. Algumas delas são solteiras, mas como eu vêem o blog como uma missão.


Orem por mim para que possa dar continuidade a essa linda obra. Com fé, vamos seguir juntas na alegria de dividir a missão de sermos santificadas pelo Senhor através da maternidade. 


Até nosso próximo encontro!



No amor fraternal que nos torna irmãs, 

Ana Claudia Alves