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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Levando a mensagem de salvação aos pequeninos- Parte 2

Olá, mamães queridas!

 Que nosso coração esteja repousando na segurança de estarmos abrigados sob as asas daquele que tudo pode!
Começo assim, pois falar desse tema me remete à necessidade de compreender que carecemos da graça divina.  São 8:53 da manhã, meu dia começou a aproximadamente  quatro horas e andando pela casa e organizando a rotina logo cedo, achei uma frase escrita por uma amiga a muitos anos atrás dentro de uma Bíblia que usei na minha juventude  e peguei para usar. Assim estava escrito: "Quem tudo a Deus entrega para seguir seu chamado, deixando-se em fraqueza à disposição do mestre, dispõe do céu para as menores e mais cotidianas tarefas. Siga em frente!" No silêncio da manhã, cortado pelo barulho de um passarinho nas plantas da minha pequena horta e dos carros que começam a circular, eu percebi o quanto essa verdade é genuína e o quanto o Senhor é fiel e nos fortalece. Depender de Deus é difícil, mas é compensador. Logo a solidão com o criador e minhas ideias foi alterada por uma pequenina linda que me faz companhia todas as manhãs. Olhei para ela e digo a mim silenciosamente que nem minha tese de doutorado foi tão desafiante como ser mãe dela e do seu irmão e conduzi-los no caminho e na instrução do Senhor. Em cada fase deles, um novo jeito de falar e novos desafios. Que eu possa tudo de mim entregar para seguir esse chamado.

Antes que você ache que minhas manhãs são bucolicas, tranquilas e românticas, preciso lhe dizer que eu sou uma alma romântica por natureza e em meu fleuma e melancolia, depois de uma boa xícara de chá ou café, sou tendente a descrever as coisas do modo que faço. Provavelmente, meus desafios cotidianos são como os da maioria das mães comuns. É isso que eu sou: uma mãe igual a você. Então, temos a nossa frente o desafio máximo do chamado à maternidade. Depois de ser inspirada pela frase da minha amiga, gostaria de falar sobre como levar a palavra aos filhos desde o nascimento até os seis anos, idade do meu cavaleiro introspectivo. 

Então vem minha primeira ressalva, olhe para esse post como o de uma mãe que está aprendendo. Não tenho filhos adultos ou jovens que possam confirmar minhas palavras e tudo que tenho são pequenas alegrias e confirmações de percurso. Meu maior anelo é vir a tê-los um dia e dizer aqui no blog, já sessentona, que deu certo e que meu filhos são adultos entregues ao Mestre para seu louvor e gloria (embora eu seja uma ardente apreciadora dos primeiros anos da infância) 😆😆🙏🙏. Veja esse e todo e qualquer post meu, não como o post de alguém que tem autoridade no assunto, mas como o post de uma mãe que tem caminhado e faz sugestões a partir do caminho que tem trilhado. Esses dias alguém me fez uma pergunta e introduziu da seguinte forma: Como especialista em maternidade o que você acha de… Cá comigo, eu sorri, sorri mesmo e a pessoa notou. Não sou especialista! Sou uma mãe caminhando com outras e dividindo a alegria de caminhar com o Senhor em minha fraqueza. Quero também dizer-lhe que antes de ler o post parte dois, você deve ler o primeiro…aqui . Creio, firmemente, que tudo que será dito aqui deve ser colocado sobre a perspectiva do primeiro post. Então vamos lá. Hoje, abordarei a forma como introduzi meus pequenos na pregação do evangelho.

  • 0 aos 18 meses


Imagem: gestantesecia.com.br


Creio que essa é a idade do início.  Não, não é cedo demais. Não espere seu filho entender para introduzir na rotina a fé que sua família abraçou. Deixe que eu explique: raramente uma mãe vai deixar para dizer eu te amo ao seu bebê quando ele entender o que é o amor. Cantamos musiquinhas dos dedinhos, ensinamos a sequencia de números para que eles digam de memória e esperamos o tempo que compreendam os conceitos. Então, por que vamos esperar para pronunciar o nome Jesus para eles? 

O universo de informações e estímulos que privilegiamos na relação com nossos filhos é de primordial importância para seu desenvolvimento. Nessa idade, creio que é importante ter uma rotina familiar já estabelecida quanto à devoção. Primeiro, é primordial que nossos filhos nos vejam com a Bíblia, louvando ao Senhor e orando. Não devemos fazê-lo com a intenção de que eles vejam, apenas. Todavia, é importante que desde cedo eles percebam que há algo que empolga a mamãe e o papai. 

Independente de sua afinação, sugiro que aprenda pequenos corinhos infantis e cante com seu bebê. Mesmo que nos primeiros momentos ele não preste atenção. Cante! As crianças são capazes de capturar os sons e informações do ambiente, mesmo quando brincando. Selecione algumas canções da salvação, hinos do hinário que sejam mais simples e salmos musicados. Use gestos, palminhas, pandeiros, chocalhos e chame atenção deles. Uma dica interessante é pegar a melodia de hinos e cânticos já existentes e colocar a letra de salmos ou versículos bíblicos. Ponha áudios com os hinos do hinário usado na sua congregação. Não se preocupe com a linguagem! Em algum ponto da infância, eles terão curiosidade de lhe perguntar o significado da palavra. Você ouvirá: Mamãe, o que quer dizer 'levanta Josué pendão'?  E, então poderá explicar … 

Na minha pequena experiência como mãe e professora de E.B.D de crianças pequenas, também tenho visto a importância de introduzir pequeno versículos e ir usando na medida em que o tempo passa. Você pode usar versículos menores ou até partes de versículos. Um dos primeiros que Benjamin recitava, antes dos dois anos era uma parte de Efésios 4:32: Sede bondosos. Depois, use os mesmos versículos ao longo do dia. Uma coisa que aprendi com minha mãe e reproduzi com meus filhos, desde os primeiros momentos com eles, foi  a estratégia de ter versículos fixos para cada momento. Ao acordar, um verso de Salmos, nas refeições, outro verso de Salmos, e ao deitar um outro. Na idade que eles ainda não falavam, eu falava para eles vagarosamente e gesticulando e quando começavam a falar era lindo de ver aquelas boquinhas pequeninas falando a palavra do Senhor. Não deixe de manusear a Bíblia perto deles e dizer que é a palavra do Senhor e conte sempre histórias da Bíblia. 

Use recursos que lhe sejam praticáveis ou que tenha em casa: fantoches, livrinhos, figuras da internet.  Faca-o de acordo com os talentos que você recebeu ou pode desenvolver. Não tenha pressa nem se frustre quando eles desviarem a atenção. Aos poucos, eles vão aprendendo a se centrar. Aponte para as coisas, figuras e fale do criador: Olha, João a lua que Deus fez! Lua! essa é a lua que o Pai do Céu criou. Faça isso na natureza e nos desenhos e gravuras. Faça o culto domestico e ore por seus filhos.  Deixe que folheem uma Bíblia infantil e vá dizendo: Sim, Sarinha! Esse é Davi! Ele venceu um gigante beeem grandão (faça o gesto ). 
Introduza momentos de pequenas orações. Feche os olhos e eles logo aprenderão. E ore por eles quando estão perto. Gosto de fazer uma última oração, entregando-os ao Senhor quando vão dormir. Até hoje, eu mantenho esse hábito. Depois de ler para cada um, eles oram individualmente e eu ponho a minha mão sobre a cabecinha de cada um e faço uma oração por eles.

Bom mamães, essas são as dicas  e sugestões bem simples. Espero que possamos, todas  nós, cumprir com alegria nossa missão, mesmo entre fraldas, panelas, vassouras, leituras… 
Essa série terá continuidade em dois outros posts...
 Até lá!
No amor fraternal que nos une,
Ana Claudia

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