Paz seja convosco! Que Cristo habite em nós e nos faça viver a sua verdade a cada dia.
Tenho refletido bastante o que de fato significa ser uma mãe cristã e cada dia mais tenho percebido que viver a maternidade a partir da fé que abracei exige de mim estar disposta a rever sempre minhas posições a partir da Bíblia. Constantemente, eu vou ter uma luta interna entre aquilo que é confortavel pra mim e aquilo que é a verdade bíblica . Muitas vezes é duro deixar que a palavra penetre, mesmo aquela que põe minhas crencas em xeque.
Não sei como é com vocês, mas ser uma mãe de família é uma das coisas que mais esbofeteia minha carne (falo no sentido espiritual). Sim, em muitos sentidos tenho encontrado alegria, mas em outros tenho aprendido a querer viver além da minha própria opinião e tenho encontrado um sentido maior na minha existência que seguir apenas minha cabeça. Não, não é fácil! Este é um assunto para outro post. Estabelecida esta premissa, o foco que gostaria de dar a essa nossa conversa é que escolhemos as referencias para nossas vidas e para a educação de nossos filhos. Ser uma mãe que cumpre o seu chamado exige que tenhamos a Bíblia como referencia máxima na forma como conduzimos a educação de nossos filhos. Precisamos como Manoá rogar a Deus por instrucão para educar nossos pequenos (Jz 13.8) e não julgar que o fato de nos confessarmos cristãos nos põe acima da média. Eu não sou melhor do que ninguém quando me afasto da Cruz e dos significados e referências que ela impõe à minha vida.
No nosso tempo, há uma forma de pensar sobre as pessoas. É a tradução do hedonismo em sua forma mais pratica. É como se vivêssemos para agradar puramente a nossa opinião e ao que queremos e, assim, não só se passa a viver em torno dos próprios desejos e opiniões, mas educa-se as crianças com esta forma de pensamento. Adultos birrentos e crianças também birrentas. Há todo um psicologismo barato que é reforçado por opiniões de auto-ajuda que oferecem soluções fáceis. Pais que não podem ouvir um não, que não podem sofrer a frustração de terem seus erros apontados, que não podem ser contrariados. Filhos que vão na mesma direção e que ao minimo sinal de frustração na escola, na igreja, no parquinho gritam e berram e têm no papai e na mamãe verdadeiros cães de guarda raivosos que não querem que seus filhos sejam contrariados. O não tem que sucumbir sempre ao ``eu quero assim, eu gosto assim, eu penso assim''!!!
Somado a isto, há uma forma também popular de pensar que eleva ao status de bem-estar mental a meta de seguir apenas o próprio coração, os desejos, as vontades, mesmo quando os sinais do erro são evidentes. Talvez precisemos observar algo: para os gurus da nova ordem social não há erro. É tudo relativo! Até que nós não contrariemos o que eles pensam e querem impor. Sobre as crianças, a idéia é da liberdade irrestrita, sem amarras, sem limitações. Esta posição é corroborada pelo pensamento de uma psicologia e pedagogia dita positiva em que valem apenas o estimulo e os elogios, pelo visto. A ideia é que a base da educação é a negociação irrestrita. Vou dar um exemplo do dia que resolvi assistir a uns episódios do desenho Pepa Pig pra ver se meu filho mais velho assistiria ou não aquele programa. Era um episodio em que Pepa compra um par de sapatos novos. Na hora de dormir os pais lhe dizem que tire os sapatos. Ela não quer tirar. Trava-se uma troca de argumentos e Pepa vence e dorme com os sapatos vermelhos novos. Este é um exemplo da nova ordem das relações familiares proposta na nova engenharia social. É como se ao conversar e decidir sobre a vida de uma criança imatura, você estivesse numa reunião de negócios onde vai vencer a concorrência quem for mais convincente. Isto, com filhos pequenos e imaturos que se revesam com os pais no comando da família.
Bom, aqui cabe uma ressalva. Acredito no estimulo, nas palavras de amor, de encorajamento, numa boa dose de perdão e paciência. Em certas situações, até acho que a negociação é uma boa estratégia. Nós precisamos de estimulo e as crianças também. Em muitos casos , as crianças podem até ter razão. No entanto, precisamos e eles precisam ser corrigidos, redirecionados, questionados e contrariados, sim muitas vezes contrariados. Ninguém gosta, naturalmente, de ser corrigido ou contrariado. Não é fácil ter que voltar e pedir desculpas. Não é fácil abrir mão de um desejo ou vontade por uma causa maior. No entanto, é sábio aprender. A Bíblia nos instrui a amar duas coisas: a correção e a instrução (Pv12.1). Isto forma no coração a disciplina necessária para viver uma vida frutífera e producente. Querer saber tudo, não ser capaz de ouvir o outro, não poder ouvir um não é o que a Bíblia chama de insensatez. Precisamos saber refletir e reconhecer os erros de nossa vida e aceitar as correções quando necessárias. Precisamos aprender isso, antes que nos tornemos insensíveis e soframos a consequência de nosso coração incorrigível. O mesmo aprendizado precisamos cultivar no coração de nossos filhos. Há algo acima do desejo deles e de suas opiniões. Há uma verdade absoluta. Podemos interpretar fatos, ter gostos, opiniões e administrar uma série de questões, mas quando O Autor da Vida tem um principio a ser seguido é uma verdade! Não é um mero argumento. Devemos observa-lo na nossa vida e incutir no coração de nossos pequeninos.
Muitas vezes contrariar uma criança, corrigir seus passos e observar seu comportamento leva-nos a
lidar com birras, lutas e é mais fácil deixar passar. Por que não dar o chocolate pra não ouvir o choro?
Por que não ir a lanchonete ou dar o brinquedo para interromper a birra publica que faz corar o rosto da mãe diante da plateia que logo se forma? Outras tantas vezes isso bate na nossa ferida: os muitos argumentos que usamos para estar certos, mesmo sem razão, nossa teimosia em colocar nossos pensamentos acima dos dAquele que tudo sabe. Porém, a maternidade no referencial cristão exige humildade, exige usar da mesma correção com que somos corrigidas.
lidar com birras, lutas e é mais fácil deixar passar. Por que não dar o chocolate pra não ouvir o choro?
Por que não ir a lanchonete ou dar o brinquedo para interromper a birra publica que faz corar o rosto da mãe diante da plateia que logo se forma? Outras tantas vezes isso bate na nossa ferida: os muitos argumentos que usamos para estar certos, mesmo sem razão, nossa teimosia em colocar nossos pensamentos acima dos dAquele que tudo sabe. Porém, a maternidade no referencial cristão exige humildade, exige usar da mesma correção com que somos corrigidas.
Termino este post com a certeza que preciso direcionar meus filhos, admoesta-los, levar a refletirem com base na Bíblia Sagrada e nos aprendizados da vida. Há coisas negociáveis, outras não. Isto é mais importante do que vê-los contentes, é mais importante do que fazê-los parar de chorar a qualquer custo. Educar visando o coração, muitas vezes não é prático; requer insistência em dizer as mesmas coisas muitas vezes e de muitas maneiras e orar, sempre orar, sem cessar mesmo, para que o Santo Espirito atue. Outras vezes educar visando o coração exige que trabalhemos no nosso exemplo, na nossa paciência e no nosso próprio caráter. No entanto, isto é o que fomos chamadas a fazer. Ao mesmo tempo, precisamos encorajar, ajudar a seguir adiante, desafiar e consolar. De que você e eu precisamos? Uma boa dose de equilíbrio!
Que Deus em sua infinita graça nos dê sabedoria.
Estamos juntas,
Ana Cláudia
Adorei o texto!
ResponderExcluirHoje somos bombardeadas por informações e tipos de educação adequados.
Mas nos esquecemos que o nosso melhro manual para educar é a Biblia.
Um beijo
Verdade, querida!
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