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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Um desejo sincero

Boa tarde a todas!

Desta vez falo com todas as mamães que de algum modo sentem que caminham junto comigo através deste instrumento de crescimento coletivo que tem sido o blog. Não, eu não tenho a pretensão de dizer que através do blog fiz alguém crescer…Eu sinto mais que o blog e o quadro do rádio me faz crescer junto com outras mamães. Aos poucos, em cada  narrativa que escuto, em cada companheira de oração que ganho através deste ministério , eu vou crescendo e o mais glorioso é que sinto que não estou sozinha. Sinto que há um batalhão de mamães que comigo, cada uma de seu jeito, estão remando contra a maré, em diferentes lugares do Brasil e do mundo. É bem provável que não sejamos maioria, mas existimos. O blog me deu esse sentimento de que ninguém está só na caminhada por uma maternidade que glorifique a Cristo. Se às vezes, como Elias, pensamos que estamos sozinhas contra os profetas de Baal, sempre há os 7.000 que decidem remar contra a tendencia dominante e não dobrar os joelhos ao deus deste tempo. Não se trata de se ter um sentimento de superioridade, mas de entender que há algo superior à nossa opinião e até mesmo à nossa vida e que isso é o que dita nossa missão.

Que prazer eu tenho em encontrar cada mãe que trilha este caminho. Algumas começando, tateando com medo das perdas envolvidas na maternidade centrada nos princípios divinos ou empolgadas pelo sentimento de liberdade que conhecer a verdade traz. Outras, numa luta interior que se repete o tempo inteiro na vida de uma mãe que resolveu abrir mão das demandas de sua carne e tal a jovem Maria em Belém dizer: eu sou a serva do Senhor! Cumpra-se em mim o seu querer. Essas mães são muitas, com rostos diferentes, estilos diferentes, biotipos diferentes, opiniões diferentes, mas que querem algo mais e mantêm a chama viva . A cada opinião, depoimento, pergunta que recebo, agradeço a Deus porque de algum jeito me vejo retratada em algumas delas, por vivermos dilemas similares e não desistirmos de persistir na jornada.

Cada uma de vocês, mamães queridas, que criam seus filhos ou começaram a senti-los dentro do ventre, alegra meu coração de um jeito particular e são depositarias da minha gratidão por me fazerem companhia aqui no blog e no Papo de mãe. Peço a todas , encarecidamente, que façam orações por mim e pelos meus para que a cada dia eu possa ser vaso de honra e instrumento da glória do Pai que como diz uma música de Amy Grant que me acompanhou por toda a adolescência: que eu tenha os olhos do meu Pai! Orem para que cada fraqueza que há em mim, seja persistente ou nova, possa ser trabalhada ao pé da cruz. A cada dia, eu me vejo mais incapaz de ser mãe. Confesso que muitas vezes choro e até pergunto ao meu querido Mestre o que viu em mim para colocar um marido e duas vidas pequeninas em minhas mãos para cuidar. Como Ele me confiou cada um, sabendo quem sou? Como Ele me confiará outros, se na sua vontade estiverem, sabendo que de nada dou conta? Então, meu coração se enche de alegria porque lembro que o Santo Espirito inspirou o apostolo Paulo a escrever que o poder dEle se aperfeiçoa na  fraqueza humana. Logo, eu sinto que cada lacuna e ponto falho, que só quem me conhece de perto experimenta o efeito, é uma oportunidade de Deus em mim se mostrar poderoso e transformador. É sempre desse lugar imperfeito, de lutas e fraquezas que precisam ser santificadas, num renunciar constante à minha carne, que escrevo a cada uma de vocês.

Me resta dizer, então, que sou grata por cada mamãe que comigo compartilha as dores e as alegrias de sermos mães na oficina do Mestre. Quero desejar a cada uma o que desejo a mim. Na semana do natal fiz a última atividade do meu trabalho mensal com os pequenos , em que trabalho as razões porque Cristo veio a terra. Como quero a cada dia santificar esse tempo no meu lar! Esse trabalhinho era para refletirmos sobre o nosso coração. Ele poderia ser uma estalagem tao cheia de coisas mundanas em que não há vaga para o Salvador ou poderia ser uma estrebaria disponível, apesar da fraqueza e de tudo de ruim que poderia haver num lugar tão rústico, convidando Jesus a ficar. Meu filho mais velho, em clara compreensão à mensagem reafirmou sua confissão de que quer Cristo pra sempre em seu coração e me perguntou, também, o que queria dar a Jesus. Eu respondi que queria dar a Ele, a cada dia um coração estrebaria que por si só não tem nada que possa encantar o Rei dos reis, mas que quando o Salvador nele habita se enche de sua gloria e se torna o melhor lugar. Em 2016, eu desejo a cada mamãe que comigo transitou neste caminho que cada dia mais seu coração seja uma estrebaria: cheio de razões que o tornam incapaz de abrigar o Salvador, mas cheio de disponibilidade para dizer ao Salvador: venha, entre e a cada dia mude este lugar com o simples toque de sua gloria!

Que Deus, em Cristo, abençoe cada uma de vocês! 

Com todo amor que nos une,

Ana Cláudia

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Nutrindo a mente e o coração

Queridas mamães,

Que a paz do Senhor alcance o lar de cada uma de vocês. Tenho sido, nos últimos dias, pega de surpresa por alguns casos de amigas que sucumbem ao sofrimento. São muitos casos em que se vê a dor refletida no corpo e na mente. Mães abnegadas, crentes fieis, esposas exemplares que caem no marasmo da angustia que se traduz em doenças psicológicas e físicas de um corpo e de um coração que gritam pedindo ajuda. Tenho pensado muito e quase fixamente nelas. Tenho aprendido sobre a fragilidade humana com elas. Tenho chorado com algumas delas e tenho dito que creio que vão ficar bem, pois creio que de fato vão.  Eu creio que Deus tem interesse em levantá-las!

Vivemos num tempo em que nos movemos num constante nadar contra a maré no caos que se tornou nosso mundo. Muitas de nós temos descoberto o tesouro de ser mães e esposas presentes na vida dos nossos. Temos dado enfase ao ideal cristão de tornar a necessidade do outro uma oportunidade de servir a Cristo. São tantos discursos que reforçam a ideia de mover a vida a partir do próprio umbigo e tratar o outro como secundário que essa ênfase é  sim necessária. O viver cristão é um chamado para viver e se gastar pelo outro. O apostolo Paulo que  o diga! Todavia, estamos esquecendo algo… há algo que está ficando para trás:A ideia de que devemos cuidar de nós mesmas, nutrindo a mente e o coração e de que devemos cuidar umas das outras. 

Sim, precisamos estar bem para cuidar bem! Não estou falando de uma postura hedonista, mas de um profundo entendimento das necessidades que  nossa missão impõe, que se traduz na compreensão de que nosso corpo, alma e espirito precisam estar bem para que sirvamos bem. Estou falando de equilíbrio! Estou falando de possuirmos nosso vaso em sabedoria, santidade e honra, sabendo que para que o templo e morada do doce Espirito de Deus possa servir ao Senhor em sua máxima plenitude, você e eu precisamos estar bem. Se Cristo é Senhor de nosso existir, se entendemos nossa vida como ganhando razão nEle, o cuidado que exercemos conosco mesmo será um meio para glorifica-lo e não um fim em si mesmo. Sei que há uma linha ténue que pode levar uma mulher, sob o pretexto do bem estar, ao exagero, ao apego demasiado a si, justificado a partir desse argumento. No entanto, se procuramos estar bem para de bom grado nos gastarmos e deixarmos que Deus nos use para o seu reino (em sua extensão no nosso lar) não há como não glorificarmos a Cristo  (2 Co 12. 15).

Primeiro, eu gostaria de encorajar você a cultivar o seu espirito.  Pense num jardim, comigo. Sabe aquelas plantas de nossa casa que precisam ser diariamente regadas? Assim sou eu!Assim é você! Eu tenho um pé de funcho e outro de pimenta biquinho que se não forem molhados todo dia pela manhã, ao entardecer ficam com um aspecto feio e murcho parecendo que já morreram. Assim é meu espirito! Não sei do seu! Todas as vezes que meu dia passa sem que eu seja regada, na minha devoção, pelo Espirito Santo sou a mais vazia e miserável das pessoas.

Sim! Estou fazendo a você uma confissão! Um dia centrada em mim mesmo, um dia sem entrega ao Senhor, um dia de tarefas sem o foco estabelecido nos meus momentos com o Pai Celeste, em que Ele, através do seu Espirito, molha o meu sedento coração me torna uma  Marta ranzinza e focada na tarefa e não no propósito. Como é triste para mim quando resolvo deixar, por alguma razão, o Mestre na sala para me ocupar dos afazeres do dia-a-dia, esquecendo que no fim de tudo, Ele é a razão do que faço. Portanto, reguemos nosso homem interior! Deixemos que Ele se renove! Ofereça ao Senhor seus sofrimentos, seus sacrifícios, suas dores, como forma de ser aperfeiçoada por Ele  e deixe que, através da oração e da palavra, Ele possa tornar seu homem interior fortalecido (2Co 4.16-17). Muitas vezes, falhas no nosso caminho e no nosso caráter que se evidenciam em escolhas ruins são alimentadas pela falta de contato  com nosso criador. Não somos robôs preparados para produzir. Enquanto, como mães, não assumirmos que somos pessoas reais com necessidades reais, correremos o risco de não suportar as demandas de nossa vida ou de nos tornarmos hipócritas, fingindo ser as super-mulheres que não somos, apenas para tentar manter as aparências. o que digo é que a maternidade nos moldes divinos, só pode ser vivida em um contato constante com o criador. Não, eu não li esse pensamento num bestseller, eu vivo essa verdade no meu dia-a-dia: a maternidade nos moldes divinos só é possível a partir do Senhor e do seu trabalhar em mim, pelo seu doce e terno Espirito.

Em segundo lugar, gostaria de encorajar você a manter pequenos habitos ou mimos do seu dia-a-dia que ajudam você a passar pelo dia melhor.  Sabe aquela xícara de café que você saboreia de manhã, antes que todos acordem? Ela é importante! Aquele som ligado enquanto você faz o almoço? É tambem importante. Sim, eu preciso encoraja-la a tirar pequenos momentos de refrigério ao longo do dia. Eu sei! Corremos muitos! Ser esposa, mãe e administradora do lar, inclui inumeros papeis e tarefas. Todavia, precisamos de disposição para comecar e terminar o nosso dia na força do Senhor. Sente com as crianças. Não precisa deixar a casa virar uma loucura. Cinco ou dez minutos em que você adia os pratos do almoço pra servir chá para as bonecas lhe farão muito bem. Não esqueca de manter seus hobbies e talentos em dia. Tenho uma amiga linda e querida! Amo o empadão que ela faz. O que acho mais bonito é como ela usa seus dons e talentos artisticos até nisso. Ela pinta, faz biscuit e outras artes. Ainda lembro quando solteira, que frequentava sua casa, e ao terminar um empadão ela sempre modelava flores e folhas  e decorava como que para um evento. Ali estava sua alma! Seu dom! Quando andava por sua casa, sempre havia projetos inacabados…coisas para continuar, para fazer, para pensar sobre. Era seu escape, seu momento… 
Precisamos descobrir novas habilidades. que arejam nossa mente e tornam habeis nossas mãos. Precisamos dos nossos momentos de leitura, mesmo feitos tarde da noite. Sim! Precisamos...

Terceiro, aprenda a pedir. Sim! Quem não pede, não recebe! Peça ajuda, cooperação, peça o beijo de despedida do maridão, caso ele tenha esquecido de dar ao sair. Se for importante para você, diga. Peça, também, abraço e beijos aos pequeninos. Sabe algo que tem maltratado terrivelmente as mulheres? A idéia de que não podemos ser frágeis e vulneraveis, dependentes de Deus e do outro. Então, por não reconhecermos o limite da nossa estrutura, quebramos e nos desmantelamos e muitas vezes nem nós mesmas sabemos a razão. Precisamos estender uma bandeira: Mais verdade, menos pose! Precisamos de Deus, de nós mesmas e dos outros. Não se deixe arruinar interiormente antes de pedir ajuda a Deus e aos demais.

Em quarto lugar, aprenda a cuidar de seu corpo! Sim! Como tenho me sentido corrigida pelo Santo Espirito nesse aspecto. Você e eu não somos de aço. Clark Kent só existe na ficção. Passamos por estágios em que não podemos dormir bem, eu sei. Crianças adoecem, temos coisas a fazer, mas precisamos descansar. Um corpo cansado demais altera qualquer mente! Além disto, precisamos comer bem. Estes dias me dei conta de que muitas vezes esquecemos disso. Deus precisa de você e de mim com saúde. Sente à mesa! Coma com sua família. Se auxilia os pequenos, inclua suas garfadas no meio! Deus e eles precisam de você bem. Cuide também da sua aparência. Claro que nosso foco não é o exterior. Porém se é para transmitir a luz de Cristo, se o foco é o brilho dele, cuidar de nós mesmas será de bençãos. Não esqueça de sorrir e se alegrar. Deixe de lado toda amargura.

Em quinto, há algo que depois de Deus é o mais importante. Mantenha seu casamento forte. Você precisa do seu marido. Sim! Por mais que se diga algo diferente, essa é a verdade. Eu sei, há mães que não podem contar com seus maridos por alguma razão que foge do campo de escolhas delas.  Eu creio que, se elas buscam ao Senhor, terão o conforto necessário. No entanto, sei também que hoje se menospreza muito a importancia de nos apoiarmos nos nossos companheiros de jornada. Um dia eu ouvi uma mulher mais velha dizer que mulheres criam os filhos sozinhas sem problemas, homens não. Meditei sobre aquilo! Creio que Deus ajuda uma mãe que como Hagar se vê sozinha com uma criança para criar. Porém, creio na formula perfeita de Deus em seres imperfeitos como nós. Nós precisamos nos apoiar em ombros fortes! Nós precisamos de alguém que nos encoraje quando sentimos que não damos conta! Que nos mostre que é possível quando estamos desencorajadas! Precisamos de alguém que segure nossas mãos, que nos chame pra sentar no sofá mesmo com a louça na pia e diga que depois cuidamos disso, de preferencia em equipe. Precisamos de alguém que corrija nossas tempestades sem vento e minimize os efeitos de nossas TPMs sobre as crianças e que ore por nós e conosco. Precisamos de alguém que diga que juntos vamos dar um jeito no dia seguinte e que traga nosso chocolate predileto e diga para uma vez só esquecer a dieta. Talvez você esteja carregando o mundo sozinha e de fato não precise. Deus é perfeito! No meu caso, ele me deu um marido imperfeito como eu, mas que sabe direitinho me desacelerar e desligar da tomada antes que eu quebre. Pare de querer que seu esposo seja você na forma masculina. Deixe que ele cuide de você! Para ser uma mãe forte, você precisa dele! Talvez o seu parou de cuidar de você porque acha que não é importante. Quem sabe ele caiu no conto das mulheres inquebráveis. Convoco você a dizer a ele que tudo aquilo que ele fazia e não faz mais é importante. Vamos lá! Não mata!!! Peça o abraço! Diga que a perspectiva dele nos pequenos problemas ajudam você a tomar decisões sábias. Não tome conta de tudo! Seja forte o suficiente para ser frágil. É preciso muita força interior para saber o quão frágil e pequeno de fato se é. Todavia, isso é saúde. Sim é medicina para os ossos e o coração. 

Se você já quebrou e entrou em colapso, deixe o bom pastor cuidar de você. Não se desespere! Ele fez você e sabe onde cada peça encaixa.
Que Deus, em sua misericórdia, abençoe a você e a mim!

sábado, 28 de novembro de 2015

Papo de Mãe: A participação das avós no pós-parto (2)

Paz do Senhor!

Estou passando aqui para publicar o segundo vídeo da série sobre a participação das avós na gravidez e criação dos filhos. Desta vez, falamos sobre a participação das avós no pós-parto.

Deixem seus comentários e sugestões. Juntas, somos melhores.

Deus vos abençoe!


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Visite Museus com crianças

Paz seja com todas as queridas mamães  e também com todos aqueles que acompanham o blog!

Uma das coisas que mais gosto de fazer com meus filhos, especialmente com Benjamin que já tem uma melhor compreensão das coisas, é ir a lugares que respiram a biografia de algum personagem inspirador ou a historia de algum lugar e seu povo. Na minha cidade, por exemplo, há belíssimos passeios de Catamarã. O meu predileto é o passeio das pontes de Recife que conta um pouco da forma como nossa cidade emergiu e como os colonizadores construiriam tudo aquilo que hoje conta uma narrativa em forma de casarões, pontes e edifícios. Gosto também dos passeios simples, quem  tem sabor de historia pessoal. Lembro, por exemplo, do dia que levamos Benjamin para conhecer o sitio onde seu pai, meu esposo, passou parte da infância. Foi muito bom vê-lo ouvir do seu próprio pai sobre sua ligação com aquele pedaço de chão , suas aventuras de infância, sua ligação especial com a avó e coisas a semelhantes. Também foi emocionante voltar com meus pequenos ao país onde cresci e mostrar um pouco da minha infância. Por esta razão, gosto de museus que agreguem o valor de conhecer um pouco do legado humano, das produções e suas narrativas. Ainda lembro com alegria o dia em que tivemos uma linda oportunidade de viajar com Benjamin à Argentina. Lembro de como chorou pra que eu cumprisse minha promessa de ir com ele ao museu de ciências naturais de Buenos Aires. Lembro da alegria dele e da empolgação ao ver cada coisa. Nunca vi uma criança pulando tanto na frente de rochas e pedras ou de animais. Se você viajar com seus pequenos, dentro do país ou fora, vale a pena procurar por um museu ou parte histórica da cidade. Apenas, certifique-se antes como é o local para não ter surpresas desagradáveis. Como sou mãe de pré-escolares, gosto de antes trabalhar um pouco com meus pequenos para onde vamos e o que esperamos ver naquele determinado lugar.
Museo Argentino de Ciencias Naturales


Não sei como é onde vocês moram, mas na minha cidade não vejo a programação dos museus ser muito evidenciada. Confesso que nem todo museu desperta meu interesse. No entanto, tenho me esforçado para buscar por atividades do tipo. Muitas vezes é frustrante tentar ir a alguns exposições particulares feitas na minha cidade. No mês de agosto tentei levar os pequenos a uma exposição sobre Leonardo da Vinci. O ingresso era R$ 70,00 para adultos e crianças. Achei caro demais, somos quatro aqui...Os museus, no entanto, no geral, oferecem ingressos por valores mais acessíveis. Hoje, há uma grande tendencia dos museus de abrirem seus acervos em programas educativos, alguns que vão nos agradar, outros que levam a arte numa direção que nos desagrada ou que exalta uma visão de mundo que não nos representa. Então, é possível selecionar a partir de nossos interesses e daquilo que toca nossos pequenos.
Museu de Astronomia e Ciências Afins, Rio de Janeiro

Nesta matéria, contamos com o esforço da nossa querida Auriene Aline colaboradora do blog, que selecionou alguns museus interessantes para que comecemos a procurar por passeios. Sugiro que façamos uma pesquisa e comecemos a procurar por passeios do tipo para nossos pequenos. Abaixo , segue a lista feita por Auri e endossada por mim.

Com carinho,

Ana Cláudia

Museu de Astronomia e ciências afins
https://www.youtube.com/watch?v=hXzDJXj8i-k

Museu da cidade do Recife
https://www.youtube.com/watch?v=wVprQQWwM9U

Museu Oceanográfico
https://www.youtube.com/watch?v=7ED_oBa051c 

Museu Naval
https://www.youtube.com/watch?v=gkA-65wOUnI&list=PLFcuyOVfkw-UkNrYKoUD4Z4CL3BZJhDqe&index=6

Museu da Língua Portuguesa
https://www.youtube.com/watch?v=80mHcbwdUaU

Oficina de Cerâmica Francisco Brennand
https://www.youtube.com/watch?v=_KSMGp8vj-8&list=PLFcuyOVfkw-UkNrYKoUD4Z4CL3BZJhDqe&index=39


Instituto Ricardo Brennand


P.S.1: Para mais informações: http://www.museus.gov.br/




Visitem e desfrutem!!!!

domingo, 15 de novembro de 2015

Papo de Mãe: A participação das avós na gravidez e criação dos filhos

Nossa conversa no Tarde Mais, juntamente com a Aline Gomes.

Desta vez tratamos sobre a participação das avós na gravidez e criação dos filhos.
Assista e comente abaixo!

Um grande abraço!


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

sábado, 17 de outubro de 2015

A mãe e o Serviço Cristão

Por estes dias eu recebi um telefonema de uma amiga muito querida. Ela estava aflita e chorosa pois se sentia péssima! Ao indagar a razão, ela me disse aos prantos:

- Sinto que não dou conta! Eu queria muito dar conta de tudo e voltar a servir a Deus como antes! Me sinto inútil e incompetente! Olhe pra mim. O que é que eu faço? Não dou conta de cuidar das crianças, ser uma benção na igreja e ainda dar atenção ao meu marido. 

Ela chorava copiosamente, falando de como se sentia.


Eu me senti na obrigação de encorajar aquela amiga. Já estive nesse lugar. Já senti que o mundo caía sobre minha cabeça. Ainda bem que ler minha Bíblia e conversar com sábias mulheres que me servem de referência como mães, esposas e servas de Cristo que quero ser, fui ajudada.


Quando o meu primeiro filho nasceu, nós estávamos servindo a Deus numa congregação com bastante empenho. Sempre que meu marido, como meu líder na igreja, me solicitava algo, lá estava eu. Houve tempos em que eu até achava novas atividades pra me ocupar no serviço cristão. Quando solteira, eu era ainda mais atuante. Mas aos poucos, minha vida foi mudando e a forma de servir a Deus, também. Lembro-me do dia em que uma irmã da igreja muito querida me abordou e pediu que eu fosse palestrante de uma série de palestras para moças. Expliquei que naquele momento isto não caberia no meu tempo. Eu tinha um bebê pequeno, ainda amamentava e no sábado era impraticável para mim. A irmã tentou de várias maneiras me convencer de que eu deveria fazer o que me pedira e que enquanto eu cuidasse da obra de Deus, Deus cuidaria da minha família.  Segundo ela, eu era idólatra, pois estava incorrendo no grave erro de deixar de servir a Deus para servir ao meu filho e esposo. Eu tentei conversar com ela. Explique que pra mim servir a Deus e à minha família não eram coisas opostas. Não adiantou: tínhamos ideias claramente diferentes sobre o que é servir a Deus. Ela se embasava em versículos que estavam fora de contexto e me passou um sermão.


Sempre que escuto algo do tipo, fico refletindo sobre como nos falta compreender o que de fato é a obra de Deus. Criamos prioridades em nome de Deus e podemos muitas vezes, até com boa intenção, fazer muitas coisas nas quais não estamos escolhendo a melhor parte, achando que estamos servindo. Estes dias olhei mais de perto  e com carinho uma mulher vista com desdém na minha comunidade cristã. Ela não prega, não coordena nada, não tem uma vida intelectual brilhante. Muitas vezes, seu marido não tem ao lado o que muitos chamariam de uma esposa à altura. O que eu fico pensando é: "Será que Deus vê assim?" Mas ela é mãe de quatro lindos filhos que ama e cuida e ensina sobre Deus. Cuida do marido e  lhe faz bem. Além disto, é capaz de tocar uma reforma, criar beleza em sua casa e tem uma louvável força interior para enfrentar dias difíceis. É uma investidora e negociante nata. Faz renda extra sempre! Minha pergunta é: a quem essa mulher serve? Pra quem é cada fralda que troca? Pra quem é cada almoço gostoso que sai do seu fogão? A quem ela serve quando alenta o marido,  cansado com boas palavras e dizendo: "Vá, em frente! Aqui eu cuido!" Pra quem é o culto doméstico que ela faz a cada noite com seu lindo quarteto? 



Um outro exemplo, uma outra história: quando ainda dava aulas no seminário da minha igreja conheci mais de perto uma mulher, minha aluna e esposa de um dinâmico pastor da igreja que faço parte. Ela começou a me contar como regia às coisas em sua casa. Agora não sei se ela tem 3 ou 4 filhos, mas eis o que me contou: um dia colocando os filhos na condução para ir à escola ela fez um cálculo simples. Se deixasse de pagar condução ganharia um bom dinheiro. Ela e o marido estavam com as finanças apertadas, mas ela convenceu o marido a lhe dar o dinheiro da condução e ela veria como  levaria os filhos à escola. Com o dinheiro da condução, ela negociou e comprou um fusca para deslocar as crianças e a si, sem preocupar o marido. Naquele momento em que conversamos, ela estava juntando dinheiro para construir pequenas casas para alugar. Acompanhava cada passo dos filhos e não deixava de ser produtiva e de ganhar seu dinheirinho para investir. Também ajudava o esposo na igreja, dentro de suas possibilidades. Ela me deu uma aula sobre como trocar gastos supérfluos por investimentos simples. No fim da conversa, disse a ela que me tornei sua admiradora, ela deu de ombros e acho que até hoje, por mais que eu diga isso quando nos vemos, não sabe como impactou minha vida. Ao ver seu marido pregar ou desempenhar sua função na igreja, eu penso logo nela e no seu ministério junto àquele homem e aos seus filhos. Como aquela mulher simples vale para mim!

Não estou dizendo que devemos ser ausentes na nossa comunidade cristã. Nem há base bíblica para que sejamos relapsos e menosprezemos a importância de congregar entre irmãos. No entanto, o apostolo Paulo já nos alerta que o serviço prioritário de uma mãe e esposa cristã é desenvolvido em seu lar. Quando somos solteiras, há clareza nas cartas paulinas sobre a expectativa divina de que nossos filhos e marido sejam o centro do nosso serviço ao Senhor. Você pode servir a Deus na igreja. No entanto, tenho aprendido que isto não pode competir com a missão confiada por Deus no lar. este aprendizado não veio do nada. Não era tão claro para mim desde o inicio. Aprendi à medida que abri o coração.

Quando solteira eu era ativa nas atividades da igreja. Se fosse solicitada, lá estava eu. Como já falei, quando casei, auxiliar meu esposo nas atividades da igreja estava no topo da lista. No entanto, a cada filho meu que nasceu senti um despertamento para servir mais a Deus dentro do meu lar. Esta semana eu li um feliz depoimento de uma missionária leitora do blog que fez a seguinte afirmação: se alguém tem que perder, se tenho que abrir mão de algo que não seja minha família! Essa ideia resumiria um pouco a transformação que o Santo Espirito causou em mim. 


Não, não estou dizendo que você deva resumir sua vida ao seu lar. Não estou dizendo que só importa a necessidade dos seus. Nenhuma mulher que queira viver provérbios 31 em sua plenitude pensará assim. Estou dizendo que se seu serviço em casa, seu cuidado com os seus, se feito de coração, se feito visando a obediência a Cristo é também uma forma de servir a Deus. Se  você está vivendo um tempo em que os seus tomam a maior parte do seu tempo, não se sinta inútil. Você está fazendo exatamente o que Deus considera prioridade! Há estações em nossas vidas, tempos diferentes, e em cada um desses momentos cabe a nós discernir através da palavra viva o que Deus quer de nós. Além disso, desacelerar, em certas ocupações, pode trazer para sua vida outros ministérios que são necessários na vida da igreja, mas que muitas vezes por serem aquelas funções sem visibilidade contam com poucos obreiros. 
Vou dar um exemplo: quando desacelerei nas atividades da igreja , eu pude me ocupar de outras coisas. Uma delas, pude voltar a ser voluntária do departamento infantil. Como bebês, meus dois filhos precisaram da minha presença no departamento infantil. Há anos eu estava nas classes femininas. No entanto, é no maternalzinho da EBD que tenho me sentido útil ao Senhor. Além de levar a palavra aos pequeninos, já confortei mães tristes, já orei e ajudei  aquelas que lidam com filhos rebeldes, já encorajei mães que  pensavam em deixar de levar os filhos à igreja porque dão trabalho, já tive oportunidades lindas de servir ao Senhor naquele singelo cantinho, mesmo que fosse limpando um pequenino. Um dia desses, um irmão muito querido me perguntou se não era desperdício que eu estivesse no departamento infantil. Expliquei para ele que nunca me senti tão útil ao reino e ao meu Mestre e Salvador. Sentada no banco, indo trocar as fraldas de Beatriz no berçário do templo, e em tantos outros momentos pude olhar e orar por aquelas que talvez não me procurariam se eu estivesse correndo entre cargos e responsabilidades de visibilidade. É quando elas me percebem como mãe comum que tomam coragem e me procuram. Hoje entendo, Deus precisa de nós exatamente onde Ele nos planta na sua casa. Podemos, sim, ser benção para Deus no nosso lar:


  • Você pode se tornar uma intercessora fiel;
  • Pode usar seu telefone e seu lar para acolher quem precisa de encorajamento;
  • Pode abençoar pequenos corações dos seus filhos e de outras crianças através da atmosfera que você cria em seu lar e da palavra que compartilha;
  • Pode ser hospitaleira, pode servir aos necessitados em qualquer âmbito da vida;
  • Pode ser ativa na sua igreja local da forma que lhe é possível, fazendo o que pode com dedicação em vez de tentar fazer tudo sem foco e com desleixo.
Faz alguns meses que pedi oração a um grupo de mães da nossa igreja. Juntas mantemos um abençoado grupo de encorajamento no WhatsApp. Pedi que orassem pois dois amiguinhos do meu filho iam à minha casa brincar com ele. Queria que nosso lar fosse um testemunho vivo de Cristo e Seu amor. Fiquei muito tocada quando em resposta a meu pedido, uma das mães, a querida Gilnaide Teles (que aparece ao lado de sua Laurinha na foto abaixo), compartilhou o seguinte testemunho, que postarei aqui usando suas próprias palavras:


``Tive minha primeira experiência com Jesus aos 7 anos.Minha mãe aceitou a Jesus e passamos a segui-lo. Porém, pouco tempo depois, ela desviou-se dos caminhos do Senhor. Me entristeci muito, pois gostava muito de ir ao templo e também já havia feito algumas amizades.

A palavra havia sido semeada no meu pequeno coração. Sendo pequena demais não podia absorver tudo que era falado, mas guardei a palavra  dita por uma tia na escola dominical: `que seus pés nunca se desviem do caminho de Deus, e sempre que for dormir ajoelhe-se e peça pra Jesus ficar ao seu lado! Fale o que sente para ele, assim serão sempre amigos'. 


Quase dois anos depois nos mudamos para outro bairro e descobri que naquela rua apenas nossa família não era crente. Não temos ideias de   como as crianças são usadas por Deus para levar Jesus às pessoas. Conheci naquela rua uma menina e nos tornamos amigas, ela e sua família serviam a Deus. Essa pequena menina que tinha nove anos começou a falar de Jesus pra mim. Eu nunca tinha visto uma família tão cheia de Deus, tão amorosa e dedicada ao serviço do Senhor. Sempre me convidavam para as refeiçoes. Eu amava pois eram momentos maravilhosos; havia um momento de louvor e oração. O pai cantava com a mãe e as duas filhas, as crianças, recitavam versos dos Salmos e na oração pareciam sentir Jesus presente e choravam muito. 

Naquele lar, era tudo muito simples mas o que lhes era necessário jamais faltava: A presença de Jesus. Meu coração batia forte e eu chorava sentindo algo diferente  e pensava: também quero que minha família seja assim! 

Eles sempre me convidavam para ir à EBD com eles e, um dia, depois de pedir à minha mãe fui com eles…era escola animada.

Na ocasião o Pr. Joabe Fortunato, na época presbítero, estava trazendo a palavra, quando ele fez o convite lá estava eu com as mãos levantadas e chorando. Minhas coleguinhas também choraram e me abraçaram.Cheguei em casa, corri para o banheiro e chorei muito,pois pensei como seria difícil servir a Deus sozinha.Pedi a Jesus que salvasse minha mãe.

Enxuguei os olhos e disse a mamãe que era crente. Ela disse:ótimo! Também serei e juntas vamos servir a Deus novamente. Desta vez não me desviarei mais! Naquele domingo, ela aceitou e juntas seguimos a Deus.''
  

Conto este testemunho porque pra mim é evidente que o maior trabalho que uma mãe pode fazer para Cristo é estabelecer seu reino em seu lar. Sabemos que biblicamente o pai tem o sacerdócio; ele é o líder espiritual, mas uma mãe que entende seu papel fará cada pequena tarefa para o Senhor, em cada pequeno recanto do seu lar  (mesmo naquele dia em que nem tudo estiver em ordem), haverá reflexos da gloria divina. Cada filho que escolher receber a Cristo será um missionário do reino do Senhor! Isto eu aprendi com minha mãe e com cada mulher de Deus que me influenciou. 

 Você não tem que fazer tudo na igreja, não tem que resolver tudo e dar conta de tudo. Apenas leia sua Bíblia, escute os homens de Deus e as mulheres mais velhas que entendem a palavra e os seus apelos e você dirá como Neemias: estou fazendo uma grande obra! Não posso parar! Obviamente, devemos contribuir com nossa igreja local. Aprendi com uma mulher de Deus, de cabelos brancos uma lição. Ela, a quem Deus abriu a madre apenas uma vez e por milagre a fez gerar um filho, me disse assim: querida, quando tive meu filho, meu marido e eu discernimos que até ele se tornar um rapaz e ultrapassar a adolescência o critério era: O serviço que Deus tem pra mim é aquele em que meu filho e meu marido não parecem um empecilho. Este foi seu lema durante sua vida. Aquela palavra me atravessou a alma. E você? Onde Deus lhe plantou? O que Ele espera de você? Reflita e ore a respeito. E se o Santo Espirito tirar você de sua zona de conforto, chacoalhar sua alma e mudar suas prioridades, siga o seu vento! Acolha no coração a palavra viva. Não, não escute a mim e sim a Ele!


sábado, 29 de agosto de 2015

Tempo para brincar

Bom dia,

Quero fazer uma confissão... 
Hoje, como muitas vezes, deixei os pratos do almoço para depois para atender o apelo de uma garotinha. Sim, eu lavei a louça depois. Tudo ficou no lugar. No entanto, ao atender minha garotinha e pintar um pato com ela, eu me lembrei que, num passado recente, antes deles, eu não sabia trocar o urgente pelo importante. Eles me ensinaram. Ainda gosto de ter a casa arrumada. Não vou cancelar o preparo do almoço para brincar de boneca. Só que vez por outra, o urgente perde sua relevância para dar lugar ao importante. Logo, eu alterno tarefas cotidianas com momentos de carinho, atenção e atividade. Muitas vezes até durante a execução das tarefas lá estão eles comigo... Me ajudando do jeito que só uma criança pré-escolar sabe...
Então, uma amiga me mandou o vídeo postado abaixo que,  apesar de ser produzido para construir a imagem de um produto que não consumo, traduz a ideia que quero transmitir. Além disto, mostra porque os avós são tão populares . 

Bom sábado !

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O valor do pai



Feliz dia papais!
O valor do pai

No seu livro “Bar doce lar”, o autor, J.R. Moehringer com maestria fala de sua infância e como a ausência de um pai afetou sua vida, empurrando-o para um bar. O jornal New York Times definiu o livro como sendo uma bela carta de amor a um pai ausente.
Já no prólogo, Moehringer afirma: “Sendo apenas uma criança, abandonado pelo meu pai, eu precisava de uma família, um lar e homens. Especialmente homens. Precisava de homens como mentores, heróis, modelos de comportamento, e como uma espécie de contrapeso masculino para minha mãe, minha avó, minha tia e as cinco primas com quem vivia”.
Nesse desabafo do autor, para a ausência de seu pai, Moehringer aponta quatro características que todo pai deve cultivar na vida dos filhos.
Ser mentor. Um mentor é aquele que nos guia, que nos ensina e que nos aconselha, que tem livre acesso à nossa vida. Pais que desejam marcar a vida de seus filhos devem ser mentores. Para ser mentor é preciso conquistar a confiança do filho e com amor, segurando suas mãos, guiá-lo pelos caminhos retos e seguros.
Ser herói. Heróis são aqueles guiados por ideais nobres e altruístas. São aqueles que expõem suas vidas em favor da liberdade, da fraternidade, da justiça, da moral e da paz. Filhos felizes são aqueles que têm seus pais heróis, que cultivam os ideais acima. As crianças não desejam, em primeiro lugar, os heróis dos desenhos animados, dos filmes e do futebol. Em primeiro eles querem que seus pais seus heróis.
Ser modelo de comportamento. Um exemplo. A vontade de Deus é que os pais sirvam de exemplos positivos para seus filhos. Toda criança deseja um pai que sirva-lhe de parâmetro positivo para o resto de sua vida. Que exemplo você está dando ao seu filho? Exemplo de honestidade, de justiça, de temor a Deus?
Por último, nossos filhos desejam viver numa sociedade que aja um contrapeso masculino num mundo de mulheres. Quando penso nessa necessidade, logo vem á minha mente o lar em que Jesus nasceu. Na sua vida havia a presença de Maria, mas Deus lhe providenciou um homem, um pai (adotivo), um homem chamado José. Toda criança precisa de um referencial positivo de homem, de masculidade, de hombridade.
Nesse sentido nossas igrejas podem dar uma grande contribuição. Como? Incentivando e capacitando homens para que se envolvam no ministério infantil, seja no berçário como nas classes de crianças. Muitas das crianças que freqüentam as igrejas carecem de uma presença positiva de homens em seus lares.
Seja para seu filho ou neto um mentor, um herói, um modelo de comportamento e um contrapeso masculino num mundo onde a presença feminina tem sobressaído. A questão, vale ressaltar, não é propriamente a presença forte das mulheres, mas omissão quase completa do homem.

*****
Por: Gilson Bifano

sábado, 8 de agosto de 2015

Feliz dia dos pais

Boa tarde a todos, 

Que a paz de Nosso Senhor reine em nossos lares e encha as nossas casas!

Hoje, não falarei com as mamães. Estou aqui para prestar uma homenagem aos papais que são leitores do blog. Quero desejar a todos os papais um feliz dia dos pais, especialmente ao pai dos meus filhos, meu amado esposo, ao meu querido pai e também ao meu sogro.  
Um pai presente e que ame e priorize sua família é tudo que uma mãe precisa e que as crianças também necessitam.  Vivemos numa sociedade que não valoriza o papel do pai presente, mas qualquer pessoa atenta, que compreende a profundidade do papel delegado por Deus a um pai de família que vive e dá a sua vida pelos seus, sabe o valor que um pai tem.
Uma mãe que tem um esposo que atende fielmente ao seu papel de sacerdote do lar, lider amoroso e justo e fiel companheiro que protege e ama sua esposa e filhos goza de uma segurança impar no exercício do seu chamado. Como é bom para uma mãe saber que há alguém ao seu lado protegendo-a muitas vezes até de si mesma nos momentos de insegurança e  instabilidade que toda mamãe pode vir a ter.
Em nome das mamães que acompanham este blog e que são parte da história dele, gostaria de parabenizar cada pai que ama e zela por sua família. Que nossa palavra e atitude de encorajamento como mães, filhas e esposas seja uma inspiração para que vocês possam querer continuar se parecendo a Deus,  o melhor modelo de pai que conhecemos.
Recebam nosso amor e carinho,
Feliz dia dos pais!!!! 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Palavras sinceras a uma mãe de primeira viagem



``Assim poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos’’. Tito 2. 4

Querida mamãe de primeira viagem,

Gostaria de, antes de tudo,  dizer a você que estamos juntas em ser mães de primeira viagem. Sou mãe de um garoto de  4 anos, Benjamin, mas sou mãe de primeira viagem da pequena Beatriz de 11 meses*, pois cada filho é único e nos leva por um caminho novo. Isto significa pra mim duas coisas: primeiro, que somos alcançadas por novas alegrias e em segundo lugar que temos um novo ser para conhecer no dia-a-dia, independente de quantos outros filhos tenhamos. Ser mãe de cada filho é um novo aprendizado e um novo desafio. É também um novo jeito de amar.

Se você está agora com um bebê em seus braços é provável que esteja se revesando entre fraldas e mamadeiras lutando para dar conta de tudo e, ao mesmo tempo, sentindo que não dá conta de nada. Se as condições não são severamente adversas, este sentimento deve se misturar em seu coração com momentos impares de alegria  e apego. É possível que você sinta que tudo para quando uma pequena mãozinha toca seu rosto ou quando as expressões dos lábios e olhos parecem sorrir para você, quer seja depois de uma mamada, num banho ou troca de roupa. Talvez você ainda esteja naquela fase em que parece que o pequeno que deveria ser seu príncipe ou princesa só sabe chorar. Você já acordou ouvindo um choro que não ocorreu e pensou: será que estou maluca? Então, bem-vinda a bordo! Você foi admitida no grupo desafiante, mas prazeroso, das mulheres bem-aventuradas porque são mães. O que posso lhe dizer? Estou pensando nisto agora e uma pequena e singela, porem não simples, lista me vem a mente:

1-    Em primeiro lugar quero lhe dizer que ser mãe é um ministério!  É algo que, se você é cristã, deve fazer para Deus e não para você. Deus lhe entregou um pequeno ser . Ele escolheu exatamente você e a designou para que dele cuidasse. É muito importante saber disto porque haverá momentos em que você sentirá que é uma tarefa que demanda mais do que você pode ou tem pra dar. Nestes momentos, lembre que Deus tem o mesmo compromisso com você que teve com grandes homens e mulheres da Bíblia. Para Deus, o trabalho mais importante que você pode prestar ao seu reino é cuidar bem dos pequeninos que Ele  lhe entregou e do seu marido. Nada que faça para Ele terá o mesmo valor, pois esta é a missão designada por Ele, em sua palavra, para toda jovem mãe.  Então, quando você estiver em sua tarefa, pense que você está servindo a Deus e faça-o com alegria e prazer. É provável que como toda pessoa cumprindo seu chamado você tenha momentos desafiantes, mas Aquele que a chamou também a capacitará!

2-    Entendendo isto, gostaria que você soubesse que está em estágio de aprendizado como todo pai e mãe. Terá, portanto, dias difíceis e dias fáceis. Não se cobre, se avalie e melhore! Quem se cobra, se condena. Quem se avalia, enxerga seus erros e tenta com toda sua força dar o seu melhor para acertar. Aprenda com seu bebê a ser mãe. A relação de uma mãe com um filho é construída a partir das trocas. Talvez você não saiba fazer seu bebê dormir como sua mãe, dar de mamar pareca doloroso demais e você esteja sonolenta por não saber mais o que é dormir por algumas horas. No entanto, se tentar, com calma e desejo de aprender, você aprenderá a fazer as coisas do seu jeito e descobrir que sempre há pequenos jeitos de funcionar entre uma mãe e seu bebê que parecem pertencer apenas aos dois.  É uma relação singular construída a cada momento, mas isso requer tempo, humildade e calma.

3-    Aprenda que ninguém pode servir a outros vazio. Ser uma mãe como Deus quer exigirá de você graça do alto e força.  O chamado de uma jovem mulher cristã exige um espirito amoroso e pronto para servir. Então, você precisará estar sempre nos pés do Senhor.  Eu sei! Eu passo pelo mesmo que você: o tempo encurta! O que fazer, então? Faça disso uma prioridade! Priorize a leitura da Bíblia, uma atitude de louvor e a oração. Você pode fazer isto de diversas formas. Enquanto o bebê for novinho, você poderá ler a Bíblia com ele nos braços, mas quando ele aprender a rasgar sua Bíblia ficará mais difícil. Então, providencie novas formas de incluir a oração e a palavra nos seus dias. Providencie áudios de capítulos da Bíblia para ouvir enquanto faz o almoço e toma banho. Separe alguns minutos antes de dormir para orar e ler sua Bíblia . Memorize versículos. Grave áudios de mensagens próprios para mães e esposas, e para crentes, em geral, e quando seu filho crescer, fale da Bíblia para ele e Deus falará com você. Muitas vezes, quando faço o culto doméstico ou falo do Senhor para Benjamin, acontece de Deus falar comigo pela palavra que reparto com ele ou pelas perguntas que ele me faz. Acontecerá com você também. Abra o coração para a palavra e para a oração. Isto modificará sua vida.

Sabe aquelas noites em que seu bebê não dorme? Faça delas um convite para orar baixinho junto dele, enquanto o nina. Cante louvores para seus filho, enquanto o põe para dormir. Nestes momentos, você poderá sentir a presença de Deus lhe renovando para começar um novo dia e mesmo cansada sentirá seu espírito renovado e fortalecido.  Naqueles dias em que tiver vontade de reclamar, chorar e gritar, se ocorrer assim, fale com o Senhor. Ele lhe ajudará  a assumir outra perspetiva.
Em muitos momentos, a maternidade é um lugar de solidão. Especialmente, no mundo em que vivemos, pois as pessoas não têm tempo para  chegar junto de uma mamãe recente. Nestas horas, Cristo é companhia e é amigo! Chame seu marido e juntos orem ao Senhor! Se ele não estiver disponível, faca-o sozinha. Você verá a forca que a oração tem.

4   4-    Não esqueça que você tem um marido! Isto é bom para você e para ele. Não esqueça isso nos cuidados do bebê e no relacionamento com ele. Vamos falar primeiro dos cuidados com o bebê.  Muitos pais de primeira  viajem não sabem como agir com o filho recém-nascido. Isto vai requerer de você paciência e bom-senso. Deixe que seu marido desenvolva a forma dele de cuidar do bebê. Não queira que ele assuma sua forma de fazer as coisas, a não ser que ele peça ajuda ou que você veja que ele se sente perdido. Faça-o com amor!
Depois, não esqueça do relacionamento de vocês. Nos primeiros dias, você terá que lidar apenas com o bebê e é provável que seu marido também se envolva com o pequeno. Porém, é muito importante que você faça de seu marido prioridade e nutra o amor de vocês. Não há nada mais acolhedor e promotor de segurança para uma criança pequena que ver uma relação de amor, respeito e cuidado entre seus pais.

5   5- Saiba quando pedir ajuda! Isto é primordial. Muitas mães lidam sozinhas com fardos pesados e não percebem que há alguém que pode ajudar. Muitas vezes nós mamães de crianças pequenas cometemos dois erros. O primeiro, querer ajuda e não solicitar, por achar  que está posto e é claro que precisamos. No entanto, não é! As pessoas seguem com sua vida e se você não apresentar sua necessidade, não terá ajuda. Caso não possa contar com ninguém, a graça te cobrirá e você vencerá a batalha. O segundo erro que cometemos é querer que  as pessoas ajudem do nosso jeito e não como podem.  Deixe-me dar um exemplo. Talvez sua mãe não possa passar o tempo com você que você gostaria,  ajudando nas tarefas com seu bebê. Em vez de se lamentar ou ferir os sentimentos dela, veja se ela não pode ajudar você de outra forma. Talvez ela possa cozinhar em dobro nas primeiras semanas e mandar o almoço para aliviar as tarefas em seu lar, por exemplo. Então, cabe a você ver que ajuda e de quem está disponível.


Há muitas coisas que eu poderia dizer, mas gostaria de incentivar você a não perder as bençãos da maternidade pelos trabalhos que ela envolve.  Isto seria como se um alpinistas escalasse uma terrível montanha e ao chegar ao cume  lamentasse tanto o cansaço do caminho que esquecesse de apreciar a linda paisagem. Portanto, aproveite os bons momentos! Saiba a hora de parar e apreciar seu rebento e rir com o marido dos pequenos momentos que sua nova família lhe proporcionar.  Você descobrirá que, além do trabalho, um bebê pode trazer maturidade, crescimento, amor e muitas risadas! Que Deus abençoe os seus dias de jovem mãe e que você encontre nele a graça e a força de devolver seus filhos para os planos dEle com êxito! Estamos juntas nesta tarefa. Que o Senhor nos cubra de amor e misericórdia!



Um abraço!
Ana Cláudia


*Este foi um texto escrito para o jornal AdNews. Naquela época nossa filha Beatriz tinha 11 meses.
Imagem1: truthinlabelingcoalition.org
Imagem2: Eu brincando com nossa Beatriz, Acervo de Pedro Henrique Fotografia e Filmagens

sábado, 25 de julho de 2015

A Infância e o Lar

Bom dia! Paz para todos!

Estes dias tenho pensado bastante sobre como na atualidade as casas tornaram-se um lugar de passagem e não um lar, um lugar para habitar. Este é um mês em que as crianças estão, em sua maioria, em período de férias escolares ou no fim delas.  Crianças em casa, pais desesperados!  É uma constante!

O que vejo repetidamente, entre os pais que descobriram que pintar relaxa (e eu concordo! Pinto sempre com os pequenos) e os filhos que insistem na ideia de que antes de ler e escrever direito precisam de um smartphone, é que o lar deixou de ser aquele cantinho que traz alegria, o espaço comum onde damos boas risadas, comemos boas comidinhas com o tempero caseiro, para se tornar um dormitório e sala de TV. Pais não possuem paciência de ouvir e  ver crianças correndo e brincando e os filhos perderam o gosto pelo estar em casa. Fico espantada em ver como crianças ainda muito pequenas se queixam que em casa não há o que fazer ou perguntam irritadas: com que vou brincar agora? Então, se não podemos levá-los na viagem ao parque temático ou pagar a colônia de férias precisamos ceder e deixar que o videogame vença ou que sentar na frente da televisão o dia todo, visitando a geladeira a cada segundo seja a atividade aceita. Afinal, coitadinhos dos nossos filhos! Ele estão em casa entediados e não têm o que fazer. Ao mesmo tempo, não é incomum pais dizerem que se por um segundo a mais tiverem que estar de férias e com os filhos sob o seu comando vão enlouquecer! 

Ao pensar sobre isto, numa conversa com uma boa amiga, revisitei minha infância, enquanto ela me falava da sua numa pequena cidade do sertão paraibano. No caso da minha família, não tínhamos muito. Nossos pais eram missionários dando início a uma pequena congregação e isso não incluía nenhum glamour! Tínhamos o que comer e o que vestir, graças a Deus! Nossa casa era uma casinha pequena encima do templo: Dois quartos, um para nossos pais e outro era nosso, nele só cabiam o guarda-roupa e os beliches. Eu e meus dois irmãos dormíamos ali, e esporadicamente dividíamos o quarto com duas moças da igreja que nos visitavam, ora para fazer trabalhos da igreja com nossa mãe, ora para tomarem conta de nós por algumas poucas horas, Uli e Andrea. Os brinquedos eram aqueles que ganhávamos dos nossos avós e tios uma vez ao ano, quando nossos avós ou algum pastor vinha nos ver e a cada dois anos quando visitávamos nosso país. Nossos aniversários também eram época de repor brinquedos. Não tínhamos televisão , não sabíamos o que eram computadores ou vídeo-games e tablets nem existiam. Meu pai não permitia que vivêssemos na casa alheia. Ele sempre nos dizia que os filhos deveriam estar perto dos pais. Eramos, no entanto, imensamente felizes e nunca vi minha mãe dizer: tomara que as aulas voltem! Espero que cresçam logo! Estou enlouquecendo, nem nada do gênero. O que mudou? O que acontece hoje? Por que o lar, a casa, deixou de ser esse lugar onde queremos estar? Desde quando nossos filhos passaram a nos cansar tanto? Isto é bobagem ou de fato importa?

Eu creio que essa questão importa! Estamos criando uma geração inquieta e inconformada! Uma geração de descontentes infelizes está saindo mundo afora de nossos lares. Não, não sou contra passeios, diversões e tudo que com sabedoria e equilíbrio pudermos proporcionar a nossos filhos, mas fico pensando se as crianças de hoje não estão sendo criadas de um jeito em que não apreciam nada e querem apenas coisas efêmeras. Eu gosto de passear com meus  filhos sempre que podemos! No entanto, creio que é importante transformar o lar num lugar onde podemos estar e é nosso dever, vez por outra, ensinar nossos filhos a amarem o lugar onde juntos habitamos e apreciarem pequenos presentes do dia-a-dia que só a convivência em família trás. Há muitos momentos em que precisamos insistir baseadas na convicção adquirida a partir do que temos na memória: os momentos impagáveis vividos no lar. A convivência no lar me parece importante. Tenho a impressão que ela traduz o amor em gestos, cria laço afetivo entre irmãos, ensina a lidar com conflitos e dividir, e, por fim, instiga a criatividade mais que brincadeiras e atrativos prontos e acabados dos lugares caros da moda. Precisamos voltar para casa com urgência, em muitos sentidos! Precisamos ter o coração em casa! Precisamos de casas a prova de criança.  Precisamos ser mamães criativas e aprender a estar com nossos filhos em casa. Eu sei que eles crescem e se tornam mais exigentes e humildemente assumo que nunca vivi algum episódio  tentando traduzir essa importância a crianças maiores. Sou mãe de dois filhos pequenos que amam que me deite com eles na cama do mais velho, espremidos os três, para ler um livro para cada um. Por alguma razão, eles amam pegar no sono juntos  e comigo (ainda não sei como cabemos). Na idade deles, uma chuveirada rápida e divertida é tudo! Brincar de piratas na sala é festa! Espero ter sabedoria quando crescerem se se tornarem mais exigentes...



Lembro de um dia que meus irmãos e eu queríamos ir à praia. Queríamos muito! Era compreensível depois de um inverno cinza e frio em que não se podia brincar muito no quintal. Mar del Plata naquele ano teve temperaturas baixas. Não pudemos ir naquele dia, apesar do lindo sol de primavera. Mas minha mãe pediu que fechássemos os olhos, colocássemos nossos trajes de banho e nos deu um belo banho de mangueira e nós aos pulos gastamos toda a energia que tínhamos. Aproveitar os bons momentos, as coisas singelas da vida, ter experiências pra levar no coração pelo resto da nossa história são coisas impagáveis. Eu ainda guardo na memória as lembranças daquela minuscula casinha encima do templo: O meu primeiro bolo da vida (Bolo invertido de maçã), minhas bonecas espalhadas no quarto e meus irmãos tentando destruí-las, nossa tartaruga Manuelita, o cheiro do ravioli com frango feito por minha mãe, o hambúrguer com macarrão com manteiga e parmesão das terças (minha mãe passava o dia na reunião de senhoras e subia correndo pra nos alimentar), as bagunças no nosso quarto minúsculo, o cheiro da roupa recém lavada apanhada com minha mãe no frio congelante  e mesmo o dia que gravamos um áudio da história do povo de Deus saindo do Egito numa fita kasset, os inúmeros cultos domésticos e leituras bíblicas, as leituras dos livros que fiz quietinha sentada na cama, enfim…Tantas memórias que tenho que enxugar as lágrimas neste momento.

O ano passado fui levar meus filhos naquele lugar, hoje mais bonito e modificado, a casinha foi demolida e deu lugar a uma casa espaçosa para a atual família pastoral. De que senti saudades? Da casinha de poucos cômodos que não existe mais! Por que senti tanta saudade de um lugar pequeno e tão simples? Pra mim não era uma casa, ali era nosso lar. Tive, mais uma vez, saudade de ser criança. Por isso, creio que quando for necessário, eu insistirei com meus filhos para que parem um pouco em casa. Por hora eles gostam e constroem suas memórias na nossa casa, nosso lar. Não importa onde moremos, onde uma família que se ama estiver, ali é um lar.

Imagem: Adna S. Barbosa