Desta vez falo com todas as mamães que de algum modo sentem que caminham junto comigo através deste instrumento de crescimento coletivo que tem sido o blog. Não, eu não tenho a pretensão de dizer que através do blog fiz alguém crescer…Eu sinto mais que o blog e o quadro do rádio me faz crescer junto com outras mamães. Aos poucos, em cada narrativa que escuto, em cada companheira de oração que ganho através deste ministério , eu vou crescendo e o mais glorioso é que sinto que não estou sozinha. Sinto que há um batalhão de mamães que comigo, cada uma de seu jeito, estão remando contra a maré, em diferentes lugares do Brasil e do mundo. É bem provável que não sejamos maioria, mas existimos. O blog me deu esse sentimento de que ninguém está só na caminhada por uma maternidade que glorifique a Cristo. Se às vezes, como Elias, pensamos que estamos sozinhas contra os profetas de Baal, sempre há os 7.000 que decidem remar contra a tendencia dominante e não dobrar os joelhos ao deus deste tempo. Não se trata de se ter um sentimento de superioridade, mas de entender que há algo superior à nossa opinião e até mesmo à nossa vida e que isso é o que dita nossa missão.
Que prazer eu tenho em encontrar cada mãe que trilha este caminho. Algumas começando, tateando com medo das perdas envolvidas na maternidade centrada nos princípios divinos ou empolgadas pelo sentimento de liberdade que conhecer a verdade traz. Outras, numa luta interior que se repete o tempo inteiro na vida de uma mãe que resolveu abrir mão das demandas de sua carne e tal a jovem Maria em Belém dizer: eu sou a serva do Senhor! Cumpra-se em mim o seu querer. Essas mães são muitas, com rostos diferentes, estilos diferentes, biotipos diferentes, opiniões diferentes, mas que querem algo mais e mantêm a chama viva . A cada opinião, depoimento, pergunta que recebo, agradeço a Deus porque de algum jeito me vejo retratada em algumas delas, por vivermos dilemas similares e não desistirmos de persistir na jornada.
Cada uma de vocês, mamães queridas, que criam seus filhos ou começaram a senti-los dentro do ventre, alegra meu coração de um jeito particular e são depositarias da minha gratidão por me fazerem companhia aqui no blog e no Papo de mãe. Peço a todas , encarecidamente, que façam orações por mim e pelos meus para que a cada dia eu possa ser vaso de honra e instrumento da glória do Pai que como diz uma música de Amy Grant que me acompanhou por toda a adolescência: que eu tenha os olhos do meu Pai! Orem para que cada fraqueza que há em mim, seja persistente ou nova, possa ser trabalhada ao pé da cruz. A cada dia, eu me vejo mais incapaz de ser mãe. Confesso que muitas vezes choro e até pergunto ao meu querido Mestre o que viu em mim para colocar um marido e duas vidas pequeninas em minhas mãos para cuidar. Como Ele me confiou cada um, sabendo quem sou? Como Ele me confiará outros, se na sua vontade estiverem, sabendo que de nada dou conta? Então, meu coração se enche de alegria porque lembro que o Santo Espirito inspirou o apostolo Paulo a escrever que o poder dEle se aperfeiçoa na fraqueza humana. Logo, eu sinto que cada lacuna e ponto falho, que só quem me conhece de perto experimenta o efeito, é uma oportunidade de Deus em mim se mostrar poderoso e transformador. É sempre desse lugar imperfeito, de lutas e fraquezas que precisam ser santificadas, num renunciar constante à minha carne, que escrevo a cada uma de vocês.
Me resta dizer, então, que sou grata por cada mamãe que comigo compartilha as dores e as alegrias de sermos mães na oficina do Mestre. Quero desejar a cada uma o que desejo a mim. Na semana do natal fiz a última atividade do meu trabalho mensal com os pequenos , em que trabalho as razões porque Cristo veio a terra. Como quero a cada dia santificar esse tempo no meu lar! Esse trabalhinho era para refletirmos sobre o nosso coração. Ele poderia ser uma estalagem tao cheia de coisas mundanas em que não há vaga para o Salvador ou poderia ser uma estrebaria disponível, apesar da fraqueza e de tudo de ruim que poderia haver num lugar tão rústico, convidando Jesus a ficar. Meu filho mais velho, em clara compreensão à mensagem reafirmou sua confissão de que quer Cristo pra sempre em seu coração e me perguntou, também, o que queria dar a Jesus. Eu respondi que queria dar a Ele, a cada dia um coração estrebaria que por si só não tem nada que possa encantar o Rei dos reis, mas que quando o Salvador nele habita se enche de sua gloria e se torna o melhor lugar. Em 2016, eu desejo a cada mamãe que comigo transitou neste caminho que cada dia mais seu coração seja uma estrebaria: cheio de razões que o tornam incapaz de abrigar o Salvador, mas cheio de disponibilidade para dizer ao Salvador: venha, entre e a cada dia mude este lugar com o simples toque de sua gloria!
Que Deus, em Cristo, abençoe cada uma de vocês!
Com todo amor que nos une,
Ana Cláudia
Lindo, Ana! Tenho sido muito edificada através dos seus textos. Eu sei que é uma troca, como você bem colocou, mas eu tenho aprendido muito com você. Que Deus te use mais e mais!
ResponderExcluirAbraço
Milene