Por estes dias, a pedido de uma mamãe que conheci via blog, dei uma olhada numa matéria sobre crianças no templo. Quem assinava a matéria era uma pessoa que ainda não teve o privilegio de ser mãe, mas que fazia um claro esforço para ajudar mães que lidam com crianças que não ficam quietas no culto.
Estamos falando de bebês e crianças pequenas. Pode parecer fácil, mas não é! Mesmo quem é mãe não faz ideia que nem todo mundo tem a mesma experiência ou lida com as mesmas dificuldades. Eu, pelo menos, tenho dois filhos. Cada um me abriu um novo mundo e me lançou novos desafios. Benjamin dormia o culto todo, quando bebê. Chegava dormindo e saia dormindo. Nunca se incomodou com nada que ocorresse no culto. Beatriz foi diferente! Como ela foi diferente. Nos primeiros meses, depois de um período em casa, comecei a leva-la aos cultos. Ela se incomodava com tudo e mesmo exausta não conseguia pegar no sono. Quando ela adormecia eu já estava despenteada, amassada e exausta, fora minha lombar que era uma coisa a parte e dolorida. Terminei muitos cultos com os pés e pernas dormentes. Foi assim durante quase todo o seu primeiro ano de vida. Houve um momento que eu tive total consciência que teria que ser assim e eu precisava tornar as coisas melhores na medida em que fosse possível, pois logo aqueles momentos passariam. Aos poucos, vagarosamente, as coisas foram se ajustando. Hoje, não há dificuldade em irmos juntos ao culto. Ela até pede para ir ao templo. Ao completar um ano de idade, tudo foi se ajustando.
Creio que a adaptação de cada criança à rotina do culto não é fácil. No entanto, nem de longe vou sugerir que deixemos nossos filhos em casa. Levar as crianças ao templo é importante e desperta nos pequeninos a compreensão de como vivemos e daquilo que de fato tem valor. Já ouvi pais dizerem que não achavam importante levar os filhos ao templo porque lá eles não entenderiam o que se passa. É a opinião deles, eu respeito. Só penso diferente.
Eu vou usar exemplos de outro contexto e ambiente para tentar explicar porque penso que é importante que os pequenos frequentem os cultos. Na minha cidade, Recife, o carnaval de rua é considerada uma tradição popular. Um dos polos de carnaval é a parte antiga da cidade. Lá se aglomera uma parte da população, com suas fantasias e adereços para sustentar essa tradição. Não vou fazer uma analise da festa, do evento. Não é este o propósito do post. Citei esse exemplo porque duvido muito que uma criança pequena compreenda o que ali se passa. No entanto, os pais põem fantasias em seus filhos e os levam e cantam com eles marchinhas de carnaval com letras antigas e tradicionais. Por que eles fazem isso? Alguns deles provavelmente porque julgam importante passar adiante o que consideram legado social. Levar os filhos a certos locais os insere na tradição cultural.
Como cristãos somos chamados a transmitir a nossos filhos nosso legado maior: nossa fé. Embora o cristianismo não seja um conjunto de ritos e tradições mortas, ele tem seus memoriais que apontam para Cristo, seu sacrifício e a vida nova que temos nele. As tradições vivas são assim, elas têm um significado. O culto é um evento em que como povo de Deus nos juntamos para comungar da fé e de uma atitude de adoração Àquele que é a razão da nossa nova vida. Quando levamos nossos filhos ao templo, mesmo quando são pequenos, os estamos introduzindo numa cultura de fé, de adoração e devoção. Creio que estamos mostrando a eles atitudes que não são vazias e encontram no coração contrito e adorador um exemplo de amor pelos átrios do Senhor. Meu filho e o seu talvez não entendam o que quer dizer a letra do hino que entoamos, mas ao ver lagrimas rolarem dos olhos de uma mãe contrita na presença do Altíssimo , ao ver a atenção que damos à Bíblia, ele saberá que algo muito importante se passa. Se essa atitude reflete o que ocorre no nosso lar, logo, um hino do hinário da nossa denominação será conhecido dos nossos filhos, assim ocorrerá com a linguagem usada na liturgia e outros elementos do culto.
Tenho um filho de 5 anos. Pra mim, nada mais prazeroso do que abrir a Bíblia dele e ajuda-lo a achar a leitura bíblica. Sinto uma imensa alegria quando me faz perguntas sobre a mensagem bíblica ou faz referencias a termos abordados em casa em nossas atividades devocionais. Nada melhor do que ver minha garotinha cantando: Gloria a Deus o Pai eterno, cujo trono é os céus! Tenho consciência que a compreensão vira aos poucos, mas sinto a alegria de desde pequenos tê-los por perto num momento tão especial. Enquanto escrevo, estou lembrando de Ana que não deixou Samuel em casa. Ela se ausentou do templo, o desmamou e o levou para oferecer ao Senhor. Samuel usava um pequeno éfode. Não sei se ele entendia o valor e os significados embutidos na vestimenta. No entanto, ele estava sendo ensinado a apreciar a casa do Senhor e os ritos sagrados envolvidos.
Quer saber mamãe? Talvez você esteja num momento difícil. Talvez por coisas que possa corrigir (crianças que só apreciam videogames e TV, por exemplo) ou pode ser que seu filho pequeno tenha dificuldades de se adaptar ao culto. Talvez seja uma dificuldade pessoal da criança em se adaptar. Se eu puder lhe dizer algo é que tudo passa. Sim! Se você for firme e paciente essa fase passará. Há um momento em que antes de acompanhar a leitura temos que procurar na Bíblia dos pequeninos e apontar. Há um momento em que você pode perder a leitura devocional ou a própria mensagem para acalmar uma dor, amamentar, trocar fraldas ou acalentar um pequeno que chora. Quando podemos contar com a ajuda do pai ou da avó tudo se torna mais fácil. No meu caso, meu marido tem que estar no púlpito e meus pais congregam em outro local. No entanto, algo sempre me consolou: saber que Deus estava envolvido naquela situação e que tudo logo passaria. Ele queria e quer meus pequenos no templo. E logo tudo passou.
Quero encorajar você! Quero que persista e não desista. Quando por alguma razão o cuidado com os pequenos impedir você de ir ao templo, separe o momento do culto e ofereça no seu lar um culto ao Senhor. Explique a eles que vocês não puderam ir, mas que farão o culto porque aquele é o momento separado para o culto congregacional.
Se você pode ajudar uma mãe de filhos pequenos, faça-o! Especialmente se percebe que ela não tem alguém que possa ajuda-la. Se ela estiver enfrentando um momento de choro ou birra não se junte ao coro dos que balançam a cabeça em reprovação. Ajude-a! Há momentos em que uma jovem mãe se sente perdida e uma voz branda e calma podem ser providencia de Deus. Por esses dias, meu esposo estava escalado para dirigir um culto. Eu estava com meus dois pequenos no banco. Um casal que me parecia novo na fé tentava sem sucesso acalmar o filho. Houve uma hora em que aquela mãe percebeu a plateia e com lagrimas nos olhos decidiu ir embora. Olhares de julgamento. Ninguém para encorajar e ajudar. Beatriz já dormia em meus braços. Tomei seu irmão sonolento pela mão, a acomodei no colo e saí atras daquele casal. Me apresentei como esposa do dirigente do culto, acariciei o cabelo daquele pequeno que pulava como um cabrito e comecei a conversar com ela e seu esposo. Expliquei como é difícil para uma criança se adaptar em alguns ambientes quando não desenvolve o habito. Falei calmamente com eles e a abracei, disse que passaria e que já passei por momentos difíceis. Conversei com o garotinho sobre estar na casa de Deus e emprestei a Bíblia da minha pequena para que ele visse durante o culto. Como me senti feliz em ser instrumento de Deus. Digo isso sem achar que há meritos de grandeza nisso. Era meu dever. Se você é uma irmã mais velha ou mais experiente em algo tem a obrigação cristã de ajudar as mais novas. Mesmo quando há falta de disciplina, é necessária ajuda e encorajamento.
Eu sempre lembro dos discípulos impedindo as crianças inquietas de chegarem a Jesus. Ele as considerou bem-vindas aos seus braços e as abençoou. O templo é a casa de Deus. É sim lugar de crianças!!! Deixem que elas venham!
No amor do Senhor,
Ana Claudia
Estamos falando de bebês e crianças pequenas. Pode parecer fácil, mas não é! Mesmo quem é mãe não faz ideia que nem todo mundo tem a mesma experiência ou lida com as mesmas dificuldades. Eu, pelo menos, tenho dois filhos. Cada um me abriu um novo mundo e me lançou novos desafios. Benjamin dormia o culto todo, quando bebê. Chegava dormindo e saia dormindo. Nunca se incomodou com nada que ocorresse no culto. Beatriz foi diferente! Como ela foi diferente. Nos primeiros meses, depois de um período em casa, comecei a leva-la aos cultos. Ela se incomodava com tudo e mesmo exausta não conseguia pegar no sono. Quando ela adormecia eu já estava despenteada, amassada e exausta, fora minha lombar que era uma coisa a parte e dolorida. Terminei muitos cultos com os pés e pernas dormentes. Foi assim durante quase todo o seu primeiro ano de vida. Houve um momento que eu tive total consciência que teria que ser assim e eu precisava tornar as coisas melhores na medida em que fosse possível, pois logo aqueles momentos passariam. Aos poucos, vagarosamente, as coisas foram se ajustando. Hoje, não há dificuldade em irmos juntos ao culto. Ela até pede para ir ao templo. Ao completar um ano de idade, tudo foi se ajustando.
Creio que a adaptação de cada criança à rotina do culto não é fácil. No entanto, nem de longe vou sugerir que deixemos nossos filhos em casa. Levar as crianças ao templo é importante e desperta nos pequeninos a compreensão de como vivemos e daquilo que de fato tem valor. Já ouvi pais dizerem que não achavam importante levar os filhos ao templo porque lá eles não entenderiam o que se passa. É a opinião deles, eu respeito. Só penso diferente.
Eu vou usar exemplos de outro contexto e ambiente para tentar explicar porque penso que é importante que os pequenos frequentem os cultos. Na minha cidade, Recife, o carnaval de rua é considerada uma tradição popular. Um dos polos de carnaval é a parte antiga da cidade. Lá se aglomera uma parte da população, com suas fantasias e adereços para sustentar essa tradição. Não vou fazer uma analise da festa, do evento. Não é este o propósito do post. Citei esse exemplo porque duvido muito que uma criança pequena compreenda o que ali se passa. No entanto, os pais põem fantasias em seus filhos e os levam e cantam com eles marchinhas de carnaval com letras antigas e tradicionais. Por que eles fazem isso? Alguns deles provavelmente porque julgam importante passar adiante o que consideram legado social. Levar os filhos a certos locais os insere na tradição cultural.
Como cristãos somos chamados a transmitir a nossos filhos nosso legado maior: nossa fé. Embora o cristianismo não seja um conjunto de ritos e tradições mortas, ele tem seus memoriais que apontam para Cristo, seu sacrifício e a vida nova que temos nele. As tradições vivas são assim, elas têm um significado. O culto é um evento em que como povo de Deus nos juntamos para comungar da fé e de uma atitude de adoração Àquele que é a razão da nossa nova vida. Quando levamos nossos filhos ao templo, mesmo quando são pequenos, os estamos introduzindo numa cultura de fé, de adoração e devoção. Creio que estamos mostrando a eles atitudes que não são vazias e encontram no coração contrito e adorador um exemplo de amor pelos átrios do Senhor. Meu filho e o seu talvez não entendam o que quer dizer a letra do hino que entoamos, mas ao ver lagrimas rolarem dos olhos de uma mãe contrita na presença do Altíssimo , ao ver a atenção que damos à Bíblia, ele saberá que algo muito importante se passa. Se essa atitude reflete o que ocorre no nosso lar, logo, um hino do hinário da nossa denominação será conhecido dos nossos filhos, assim ocorrerá com a linguagem usada na liturgia e outros elementos do culto.
Tenho um filho de 5 anos. Pra mim, nada mais prazeroso do que abrir a Bíblia dele e ajuda-lo a achar a leitura bíblica. Sinto uma imensa alegria quando me faz perguntas sobre a mensagem bíblica ou faz referencias a termos abordados em casa em nossas atividades devocionais. Nada melhor do que ver minha garotinha cantando: Gloria a Deus o Pai eterno, cujo trono é os céus! Tenho consciência que a compreensão vira aos poucos, mas sinto a alegria de desde pequenos tê-los por perto num momento tão especial. Enquanto escrevo, estou lembrando de Ana que não deixou Samuel em casa. Ela se ausentou do templo, o desmamou e o levou para oferecer ao Senhor. Samuel usava um pequeno éfode. Não sei se ele entendia o valor e os significados embutidos na vestimenta. No entanto, ele estava sendo ensinado a apreciar a casa do Senhor e os ritos sagrados envolvidos.
Quer saber mamãe? Talvez você esteja num momento difícil. Talvez por coisas que possa corrigir (crianças que só apreciam videogames e TV, por exemplo) ou pode ser que seu filho pequeno tenha dificuldades de se adaptar ao culto. Talvez seja uma dificuldade pessoal da criança em se adaptar. Se eu puder lhe dizer algo é que tudo passa. Sim! Se você for firme e paciente essa fase passará. Há um momento em que antes de acompanhar a leitura temos que procurar na Bíblia dos pequeninos e apontar. Há um momento em que você pode perder a leitura devocional ou a própria mensagem para acalmar uma dor, amamentar, trocar fraldas ou acalentar um pequeno que chora. Quando podemos contar com a ajuda do pai ou da avó tudo se torna mais fácil. No meu caso, meu marido tem que estar no púlpito e meus pais congregam em outro local. No entanto, algo sempre me consolou: saber que Deus estava envolvido naquela situação e que tudo logo passaria. Ele queria e quer meus pequenos no templo. E logo tudo passou.
Quero encorajar você! Quero que persista e não desista. Quando por alguma razão o cuidado com os pequenos impedir você de ir ao templo, separe o momento do culto e ofereça no seu lar um culto ao Senhor. Explique a eles que vocês não puderam ir, mas que farão o culto porque aquele é o momento separado para o culto congregacional.
Se você pode ajudar uma mãe de filhos pequenos, faça-o! Especialmente se percebe que ela não tem alguém que possa ajuda-la. Se ela estiver enfrentando um momento de choro ou birra não se junte ao coro dos que balançam a cabeça em reprovação. Ajude-a! Há momentos em que uma jovem mãe se sente perdida e uma voz branda e calma podem ser providencia de Deus. Por esses dias, meu esposo estava escalado para dirigir um culto. Eu estava com meus dois pequenos no banco. Um casal que me parecia novo na fé tentava sem sucesso acalmar o filho. Houve uma hora em que aquela mãe percebeu a plateia e com lagrimas nos olhos decidiu ir embora. Olhares de julgamento. Ninguém para encorajar e ajudar. Beatriz já dormia em meus braços. Tomei seu irmão sonolento pela mão, a acomodei no colo e saí atras daquele casal. Me apresentei como esposa do dirigente do culto, acariciei o cabelo daquele pequeno que pulava como um cabrito e comecei a conversar com ela e seu esposo. Expliquei como é difícil para uma criança se adaptar em alguns ambientes quando não desenvolve o habito. Falei calmamente com eles e a abracei, disse que passaria e que já passei por momentos difíceis. Conversei com o garotinho sobre estar na casa de Deus e emprestei a Bíblia da minha pequena para que ele visse durante o culto. Como me senti feliz em ser instrumento de Deus. Digo isso sem achar que há meritos de grandeza nisso. Era meu dever. Se você é uma irmã mais velha ou mais experiente em algo tem a obrigação cristã de ajudar as mais novas. Mesmo quando há falta de disciplina, é necessária ajuda e encorajamento.
Eu sempre lembro dos discípulos impedindo as crianças inquietas de chegarem a Jesus. Ele as considerou bem-vindas aos seus braços e as abençoou. O templo é a casa de Deus. É sim lugar de crianças!!! Deixem que elas venham!
No amor do Senhor,
Ana Claudia
Que relato lindo. 😍
ResponderExcluirÉ assim mesmo, Ana! Deus te abençoe nessa luta por formar Cristo em seus filhos.
ResponderExcluirQue benção essas palavras. Devemos ajudar uns aos outros. Mim faz lembra da minha genitora(dirigente de circulo de oração), ela sempre orientou a mim e a minha irmã dessa forma: Filhas quando vocês chegarem ao culto ajudar fulana ou beltrana com seus filhos. coloque nos braços, quando a comissão for cantar pegue os filhos de colo das irmãs. Inúmeras vezes irmã Ana quando a comissão viajava nos eramos orientada a banhar os filhos das irmas e até ofertar o almoço conforme a necessidade de cada uma. Nossos irmãos precisar ter esse sentimento de ajuda mutua. Não falo isso como vangloria, mas como como um alerta para muitos que ignoram.
ResponderExcluirQue texto Maravilhoso!
ResponderExcluirGosto muito de levar minha filha ao culto,ela tem 2 aninhos e no começo foi muito difícil mas eu sempre levei ela,cada dia que passa ela se adapta mais ao ambiente,sempre explico pra ela que não pode gritar na igreja e nem correr e aos poucos ela está aprendendo.
Jesus tu es lindo em toda circunstância nos ajuda a ajuda alguém
ResponderExcluirExcelente texto, Dra Ana. Sábios e profundos conselhos às mães que diariamente, passam por essa situação, e que por não entenderem esse momento da infância de seus filhos, podem chegar até se sentirem excluídas do culto, por não compreenderem essa fase.
ResponderExcluirVou compartilhar este texto, que com certeza, servirá de edificação e conforto para as mães que passam por esse momento delicado.
Que o Senhor continue abençoando a Sra e seu esposo, Evangelista e missionário Joseildo, neste ministério.
Que relato grandiosíssimo, estou com lágrimas nos olhos, sentindo a presença do Espírito Santo de Deus ao meu lado, entendendo o grande ensinamento da senhora, sendo usada grandemente e poderosamente por Deus com esse relato.
ResponderExcluirQue o Senhor continue abençoando grandemente e sem medidas a sua vida e da sua família ����������������