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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um feliz 2014!

`` O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor´´.
Proverbios 16.1


Queridos desejo a todos um ano abençoado e cheio de paz! Um ano com mais risadas com os pequenos, tempo para sujar os pés descalços na areia com eles, pra perseguir borboletas e procurar minhocas, pra contar histórias antes de dormir, pra brincar de bonecas e carrinhos!

Desejo um ano em que todos nós possamos tratar as coisas como coisas e pessoas como pessoas, fazendo valer nossa escala de prioridades! E que os dissabores impostos fora do nosso lar nunca tirem a alegria de estarmos juntos!

Obrigada a todos vocês que me apoiaram nessa tentativa de dialogo via blog! Aos de fora do meu lar e aos de dentro, aos de longe e aos de perto toda nossa gratidão!

No amor fraternal que nos une, 

A mamãe que continua tendo prazer em estar em casa!

Ana Cláudia Alves

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Overdose de Noel

Olá queridos!

Eu gostaria muito de ter escrito no dia 24 desejando a todos um feliz natal, mas não houve tempo devido ao trabalho com meus pequenos, pois a programação especial foi pra eles. No entanto, conversando com minha amiga Linda, uma mãe bastante especial e dedicada aos filhos, percebi que tínhamos algo em comum sobre que gostaria de escrever, mesmo que o natal já tivesse passado.

Bom, então, antes de tudo, um feliz natal atrasado e um ano novo abençoado pra todos aqueles que têm acompanhado este blog.

Farei antes de tudo uma ressalva. Quando escrevo posts que envolvem meus filhos e marido sou cuidadosa para não expor em excesso. Não gosto, por exemplo, de expor dificuldades de meu filho que o envergonharão se se tornarem publicas, mas às vezes existem momentos de potencial desenvolvimento que me ensinam, esses acho que vale a pena dividir desde que não exponham de um jeito que não acho benéfico. Este episódio é um dos que acho que vale a pena dividir.

Quem acompanha o blog sabe o quanto levo a serio apresentar a fé em Cristo aos pequenos. Creio que antes que conheçam outras portas e caminhos quero que passem pela porta da graça, para que ao escolherem no futuro, ao longo de suas vidas, tenham a chance de ter sido apresentadas a fé que recebi de meus pais. Bom, depois de meu trabalho com Benjamin eis que sou surpreendida com um gesto do meu pequeno.

Tudo começou um dia quando ele chegou em casa dizendo que um de seus amiguinhos disse que enviaria cartas a papai Noel e que Callou (personagem de um desenho infantil que eu às vezes gravo episódios para ele) tinha pedido um dinossauro a Papai Noel. Eu francamente não vejo sentido em estimular um personagem que só tem a ver com presentes e compras e que além de tudo quando os pais querem comprar um presente de fim de ano para os filhos tira o sentido desse gesto de carinho e transfere para um personagem ilusório. Outro aspecto, é que pra mim o natal só faz sentido quando pensamos no nascimento de Cristo apontando para o calvário. Não gosto da enfase apenas no bebê pobrezinho da manjedoura. Embora esta parte da história tenha sua relevância e deva ser destacada eu gosto de ensinar meu filho a pensar nela como o começo de uma história que termina numa tomada de decisão dele que tem concretude no gesto de Cristo na cruz. Falei pra ele que papai Noel era uma pessoa brincando de fantasia. Passou o episódio.

Eis que dia 23, Meu marido e eu decidimos que queríamos comprar um presente de fim de ano para Benjamin. Quando ele chegou da escola o presente estava guardado e ele veio me abraçar e perguntar porque eu não o havia ajudado a escrever uma carta pra papai Noel pedindo um presente. Eu fiquei espantada, pensei que o problema tinha sido resolvido. Expliquei novamente que  papai Noel era só um homem brincando de fantasia, já que ele me disse que viu um no shopping center. Ele começou a chorar copiosamente dizendo que eu ia deixar Noel triste e ele ia ficar sem presente. Peguei um livro ilustrado e contei pra ele mais uma vez a história de Cristo e ressaltei que o papai e a mamãe iriam ficar felizes em dar um presente a ele, mas nada feito!! Eu o abracei e vi que era uma quebra de braço difícil contra um mundo colorido e ilusório movido pelo consumismo louco. Orei em voz alta e disse a Deus: Senhor eu plantei a semente neste coraçãozinho, agora faça sua obra! Então lembrei de Elias no monte provando se Baal era ou não verdadeiro. Peguei um papel e disse: Diga pra mamãe o que você quer que eu escreva pra o Sr. Noel.  Escrevi: papai Noel,  Eu sou Benjamin, quero muito um avião (graças a Deus o pai tinha comprado um carro!!!). Por favor, deixe o meu presente perto da janela. Pronto! Disse a ele: filho, se papai Noel existe, então, ele vai deixar seu presente. Fomos dormir.

No outro dia dei nosso presente a ele e deixei bem claro que Noel não tinha parte nisso. Ele me fez todas as perguntas correspondentes pra garantir que o pai tinha ido comprar o brinde e não Noel. Fomo à janela e nada havia lá. Procuramos pela casa. Nada. Ele começou a chorar. Uma vez mais com calma contei a historia do natal e pedi pra cantar um hino pra ele. Cantei: Vem ao meu coração oh Cristo! Expliquei que aquele hino era convidando Jesus pra estar com a gente. Aquela cena me perseguiu durante todo o dia. Para muitos é uma bobagem que eu poderia ter resolvido deixando que ele descobrisse a verdade mais velho. Pra mim a questão era combater um baal que este mundo impõe a nossas crianças. Fiquei pensando que toda a vida será assim! Eu contra os profetas de Baal do sistema com suas luzes coloridas e muito mais atrativas do que pensar num homem sozinho numa cruz que tem amor pra dar e renuncias a demandar. Imagino na adolescência! Como terei que ser efetiva e deixar o Espirito de Deus me guiar. Me  senti incompetente!!! E sou. Só a graça divina atraves de nossa diligencia pode salvar o coração de nossos filhos. Mas sou portadora da mensagem da graça porque Deus assim o quer. É só isso que posso fazer. 

À noite estava muito atrasada com os dois pequenos pra ir pra igreja. Cansada demais pois Beatriz pegou gripe com o irmão e eu passei a noite entre o soro e o nebulizador e o marido com as mamadeiras. Expliquei pra meu marido minha necessidade de não faltar o culto pelo nosso pequenino, queria introduzi-lo a nossa tradição. Ele prontamente me ajudou a acelerar o processo e se atrasou 15 minutos, mas conseguimos chegar à igreja! A cada hino que cantavam eu abria sua Bíblia e mostrava a ilustração da história sobre a qual era a música. Então, de repente, dos lábios do meu pequeno veio a resposta: Mamãe, eu vou crescer e vou amar Jesus bem muito! Ele se aninhou em meu colo e dormiu o resto do culto. Ele no colo e Beatriz nos braços. No entanto, foi o natal mais feliz de minha vida! Não sei o que ele pensa de Noel, pois ainda não voltei ao tema,não sei o que pensará de muitas outras coisas…o que sei é que comecei a guerra contra os profetas de baal! Creio que tive uma primeira vitória. Minha vida de mãe será sempre assim e se você mãe se importa com as mesmas coisas que  eu, temo que não será um caminho fácil! Filhos nos ensinam que nossas respostas prontas não resolvem nada! Que Deus com sua graça infinita nos ajude! Minha oração é pra que meu filho conheça mais que um conjunto de regras, que seja tocado pela graça, que tenha experiências com Deus. Espero que como minha mãe foi canal para isto na minha vida, eu seja na vida do meu Benjamin e da minha pequena Beatriz! Digo meus, mas também já aprendi que eles não são meus.  Eu recebi, apenas o privilegio de cuidar deles!

Que a graça seja eficaz em nossas vidas!!!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Palavras de conforto para mães por C. H. Spurgeon

Bom dia a Todos!

Não sei se lembram do meu post sobre o livro Pescadores de crianças do  C.H. Spurgeon. Basicamente é um conjunto de citações do livro. Foi um dos meus primeiros textos aqui no Blog. Esta semana estava  lembrando de uma amiga que me disse aos prantos que se sentia inútil por sua vida girar, boa parte do tempo, em cuidar de seus pequenos. Tivemos uma breve conversa que terminou no papel importante que tem a educação de nossos filhos. Isso me lembrou de um dos capitulos desse livro que considero um tesouro para quem ama crianças.


Sei que quando temos filhos pequenos nossa vida e serviço, até mesmo na igreja, passa a ter um fator preponderante na agenda: Eles!!! Quantas de nós deixamos de lado atividades que faziamos em nossa comunidade cristã para estarmos com eles, até mesmo no templo, na hora do culto. Só quem é mãe sabe as renuncias que muitas vezes fazemos. O tempo faz com que elas se tornem um prazer, mas quando ainda somos seres centrados em nós mesmos e trazemos arraigada a forma de pensar da sociedade contemporânea, até chegarmos a entender a alegria que isso envolve (Pv 23.24), há tempo.


A cada dia eu descubro no meu lar o que tenho certeza que muitas leitoras descobrem em seu dia-a-dia: o amor de Deus operando em nós tem o poder de tornar nossos sacrificios em alegrias. Isso não nos leva a perfeição, mas a uma vida com propósitos definidos. Sim, é possível e provável que quando colocamos o coração na maternidade encontremos alegria! Vejam o que escreveu Spurgeon há um bom tempo atrás:



``Ó mães queridas, Deus lhes confiou uma obrigação sagrada muito grande! Com efeito, Ele disse a cada uma de vocês: leve esse menino e cuide dele para mim, e eu lhe pagarei por isso (Ex 1.8).
Você é chamada a equipar o futuro homem de Deus, para que ele possa ser equipado para toda boa obra (…) Aqueles que acham que uma mulher presa em casa por sua pequena família não faz nada pensam o contrário da verdade. Dificilmente uma mãe piedosa pode deixar o lar…; mas não pense que ela perde para o trabalho da igreja; longe disso, ela faz o melhor trabalho possível para o seu Senhor. Mães, o treinamento piedoso dos seus filhos é sua primeira e mais premente obrigação. Mulheres cristãs, ao ensinar a Bíblia  às crianças, estão cumprindo seu papel para o Senhor, tanto como  Moisés ao julgar  Israel, ou Salomão ao construir o templo.´´ (p. 109)

Outra  do principe dos pregadores :
 `` Os ensinos de nossa infância deixam impressões definidas e distintas na mente, que permanecem depois que setenta aqnos já passaram. Cuidemos que tais impressões sejam feitas para os mais altos propósitos.´´ (p.108).


Somos valiosas para o Senhor! Talvez de nós dependa muito mais que pensamos o surgimento de uma geração piedosa! Isso me amedronta, pois é grande a tarefa, mas eu confio na graça divina. Como diz o hino: De mim mesmo nada tenho em que possa confiar, mas a misericordia na cruz me dá esperança de cumprir minha missão.

Bom dia a todos! Eu preciso ir cuidar de minha pequena tropa que ainda dorme...